O deputado Enivaldo dos Anjos (PSD) subiu à tribuna na sessão ordinária desta terça-feira, 11, para comentar sobre o uso dos recursos da Renova no Espírito Santo. O parlamentar também condenou a manifestação do ministro da Economia, Paulo Guedes, que, na semana passada, chamou os servidores públicos de “parasitas”.
Enivaldo manifestou seu incômodo com o titular da Pasta por sua colocação genérica feita durante uma reunião pública. O mal estar gerado pela comparação junto a entidades de classe e políticos em todo o Brasil rendeu pedido de desculpas por parte do ministro.
O deputado afirmou que um servidor que “carrega uma instituição nas costas” ganha o mesmo que um servidor apadrinhado e sugeriu que o funcionário público receba por produção e mérito no trabalhado realizado.
“’Parasita’ é o governo que não sabe abordar um tema de alta importância para o País. É preciso de uma carreira adequada para o servidor que se esforça, estuda. Registro o meu protesto e quero aqui chamar o ministro de ‘ministro parasita Paulo Guedes’”, bradou.
O parlamentar continuou: “Como é que o ministro mais famoso do governo pode vociferar e tratar de ‘parasita’ os policiais, os enfermeiros – que socorrem de madrugada muitos desses ‘parasitas’. Como o ministro pode chamar de parasita os professores que cuidam da educação do País, que perdem até voz ao dar aulas para até 70 alunos em uma classe?”, questionou.
Fundação Renova – Outro assunto abordado pelo deputado foi a liberação de recursos pela Fundação Renova para a construção de estradas, saúde e atendimento das vítimas das enchentes causadas pelas chuvas de janeiro no estado.
“Parabenizo, mas quero cobrar da Renova, da Vale e da Samarco atenção para os pescadores. O que nós estamos acompanhando pela CPI é de que a Renova não tem noção do que está acontecendo. Tem produtor pedindo fortunas para ressarcir os danos sofridos e a Renova não concorda”.
O deputado lembrou que mesmo quando o laudo é da própria Renova, em que ela chega a uma indenização de menor valor, ela própria se nega a pagar. “Talvez seja por isso que está liberando recursos para estrada. Além do ressarcimento dos prejuízos, os pescadores precisam da recuperação do rio. Quem vai recuperar o rio e a parte do mar?”, perguntou.
“Cumprimento a Renova, mas gostaria que fossem liberados recursos para construir corações, emoções, recuperar a saúde e a dignidade daqueles que foram atingidos pelo desastre. (a Renova) Não tem amor ao próximo e não é administrada com o espírito de Deus”. (Webales)