O Espírito Santo perdeu 26.930 vagas de trabalho com carteira assinada de janeiro a junho deste ano. A queda foi de 3,68% no número de empregos, em relação ao mesmo período do ano passado. Só em maio, foram 6.827 vagas de emprego a menos no município, em relação a abril. Em junho, o Estado mostrou forte recuperação, apresentando saldo negativo de 216 vagas em relação a maio.
No entanto, o desemprego continua rondando praticamente todos os municípios do Estado, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (Mte), divulgados nesta terça-feira, 28.
Em Barra de São Francisco, o número de empregos formais manteve-se estável em junho, com 101 admissões e 100 demissões. No entanto, no primeiro semestre do ano, o município acumula 926 demissões. São 157 vagas a menos do que no mesmo período do ano passado, uma redução de 3,68% na base de empregos formais do município.
Barra de São Francisco, por exemplo perdeu mais 50 vagas de emprego formal em maio. Foram 81 contratações e 131demissões. Em abril a redução foi de 116 empregos. Na média dos 5 primeiros meses do ano, o número de desempregados aumentou em 145 vagas. São 667 contratações e 812 demissões desde janeiro deste ano, uma queda de 2,59%.
Brasil – A economia brasileira fechou 1.198.363 vagas de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2020, informou nesta terça-feira, 28, o Ministério da Economia. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. No semestre foram registrados 7,9 milhões de desligamentos e 6,7 milhões de novas admissões.
No mesmo período de 2019, o saldo havia sido positivo. Na época, foram criadas 408 mil vagas, o melhor resultado desde 2014.
Considerando exclusivamente o mês de junho, foram fechadas 10 mil vagas de emprego formal. Em maio, haviam sido 350 mil.
O mercado de trabalho, assim como toda a economia, sofreu diretamente o impacto da pandemia do novo coronavírus. O alto risco de contágio em locais cheios ou fechados, assim como as medidas de isolamento social, tomadas de acordo com orientações de autoridades de saúde, diminuíram a circulação de pessoas e o consumo de diversos bens e serviços. Em grande parte dos estados, as medidas foram flexibilizadas nas últimas semanas.
Para o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, os números de junho indicam uma retomada da economia no país.
“Eu posso trazer indícios claros que nós já iniciamos a retomada, que no mercado de trabalho ela é muito forte, e podemos surpreender o mundo, como o nosso ministro [Paulo Guedes] tem dito”, afirmou o secretário.
Ele destacou que o número de vagas fechadas vem diminuindo expressivamente desde abril.
“Estamos comparando três meses na minha fala. Abril, menos 900 mil [vagas]. Maio, menos 350 mil. junho, menos 10 mil. Isso aproximadamente. Uma melhora muito significativa”, completou.
Por setor – O setor de serviços foi o que mais fechou vagas no primeiro semestre de 2020: 507.708 no total. Logo depois vem o setor de comércio, com 474.511 vagas a menos. A construção teve 32.092 vagas fechadas.
O setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único com abertura de novos empregos formais. Foram 62.633 vagas criadas no primeiro semestre.
Considerando apenas junho, o setor de serviços fechou 44,8 mil vagas. O comércio fechou 16,6 mil.
Em junho, a agropecuária abriu 36,8 mil novas vagas. A construção civil registrou saldo positivo de 17,2 mil novos postos de trabalho.
Estados – Entre os estados, São Paulo teve o pior saldo do semestre, com 364.470 vagas fechadas. A segunda maior queda foi do Rio de Janeiro, com saldo negativo de 184.928 vagas.
Mato Grosso e Acre tiveram os melhores resultados no semestre, com 3.565 e 1.270 vagas criadas, respectivamente. (Weber Andrade com Ministério da Economia e G1 Economia)