O Espírito Santo perdeu 6.827 vagas de emprego com carteira assinada em maio. O desemprego está rondando praticamente todos os municípos do Estado, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (Mte).
O Estado registrou 14.822 contratações em maio, contra 21.649 demissões, restando o saldo negativo de 6.827 empregos (-0,96%).
No balanço dos primeiros 5 meses do ano, a situação é pior: Foram feitas 110.596 contratações e promovidas 136.415 demissões. Com isso, o Estado acumula um saldo negativo de 25.819 vagas de emprego (3,37% em relação ao mesmo período de 2019.
Barra de São Francisco, por exemplo perdeu mais 50 vagas de emprego formal em maio. Foram 81 contratações e 131demissões. Em abril a redução foi de 116 empregos. Na média dos 5 primeiros meses do ano, o número de desempregados aumentou em 145 vagas. São 667 contratações e 812 demissões desde janeiro deste ano, uma queda de 2,59%.
Outros municípios da região como Colatina e São Gabriel da Palha também viram sumir muitas vagas de emprego nos últimos meses. Só em maio, Colatina registrou 293 demissões a mais do que contratações e, nos últimos cinco meses, já são 958 a menos do que no mesmo período do ano passado.
São Gabriel da Palha, por sua vez, registrou 53 dispensas a mais do que contratações em maio. No balanço do ano, o município teve reduzido a base de empregos em 353 vagas na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 984 contratações e 1.327 dispensas, queda de 5,41% na base de emrpegos. (Weber Andrade)
Brasil – A economia brasileira fechou 331.901 vagas de trabalho com carteira assinada em maio, informou o Ministério da Economia. O país registrou em maio 703.921 contratações e 1.035.822 demissões. Segundo o Ministério da Economia, em maio do ano passado o saldo entre contratações e demissões havia ficado positivo, com geração de 32.140 postos.
Na comparação com maio de 2019, o número de contratações caiu 48%. Entretanto, em relação a abril, quando a economia brasileira começou a sentir de maneira mais forte os efeitos da pandemia do novo coronavírus, houve um aumento de 14% nas contratações.
Os números do ministério também apontam queda de 31,9% nas demissões em maio, na comparação com abril deste ano.
No acumulado do ano, o Brasil fechou 1.144.875 postos formais de trabalho. No mesmo período do ano passado o país havia gerado 351.063 vagas formais.
A alta do desemprego reflete o avanço da pandemia de covid-19, decretada em março pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Brasil registrou a primeira morte pelo vírus no dia 17 de março.
A pandemia levou governos a adotarem medidas de restrição e isolamento social para reduzir a velocidade do avanço da doença, o que provocou a suspensão do funcionamento de serviços considerados não essenciais, o fechamento de boa parte do comércio e também de fábricas.
Essas medidas vêm sendo relaxadas nas últimas semanas no país, apesar do ainda crescente número de casos e de mortes provocadas pelo coronavírus. (Weber Andrade com Caged e G1 Economia)