A proposta do Flamengo para indenizar as famílias das vítimas do incêndio no Centro de Treinamento do Ninho do Urubu ocorrido no último dia 8 de fevereiro corresponde a 20% do valor sugerido pelos promotores e defensores públicos que acompanham o caso. A afirmação foi feita nesta quarta-feira, 20, pela Câmara de Conciliação, formada por representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública.
De acordo com a Câmara, além da indenização por danos morais, o clube ofereceu uma pensão mensal equivalente a um salário mínimo para cada família pelo período de dez anos. Isso corresponde a cerca de 10% do que propuseram os defensores, que é uma pensão de pelo menos R$ 10 mil mensais ao longo de 30 anos.
Em nota, o Flamengo confirmou não ter havido consenso com a propostas das autoridades e que o clube teve a preocupação em apresentar valores de indenização acima daqueles oferecidos em outras tragédias, como a da Boate Kiss, por exemplo.
Parte final da nota do clube
“Nesta terça-feira, 19, após reunião com autoridades (…), o Flamengo – independentemente de processo judicial – ofereceu, por fim, um valor que está acima dos padrões que são adotados pela Justiça brasileira, como forma de atender com brevidade as famílias de seus jovens atletas.
O Flamengo teve o cuidado de oferecer valores maiores dos que estão sendo estipulados em casos similares, como, por exemplo, o incêndio da boate Kiss, ocorrido em 2013. Até hoje, vale lembrar, famílias não receberam a indenização. A atuação do Flamengo, no Brasil, é praticamente inédita, até onde se tem notícia.
Diante disso, o Flamengo reitera o propósito de se antecipar e informa que vai instaurar procedimento de mediação no Núcleo de Mediação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, coordenado pelo Desembargador Cesar Cury, e para o qual convidará as famílias – e deixando claro que as autoridades também serão convidadas”.(Globo Esporte)