O Athletico-PR venceu o Santos por 1 x 0 na noite desta terça-feira, 14, na Vila Belmiro, e confirmou vaga nas semifinais da Copa do Brasil – o Furacão já havia vencido o jogo de ida, na Arena da Baixada, pelo mesmo placar. Diante de um rival muito desfalcado e apenas no segundo jogo sob comando de Fábio Carille, o time paranaense, agora com Paulo Autuori, soube se defender bem no primeiro tempo, levar maior perigo no segundo e marcar com Zé Ivaldo, já na reta final, dando pouca chance de reação ao Peixe.
Classificado, o Furacão venceu apenas pela segunda vez na Vila Belmiro (a primeira foi há 16 anos, em 2005) e aguarda seu adversário por uma vaga na decisão – provavelmente o Flamengo.
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Próximos jogos – o Athletico volta a campo neste sábado, 18, contra o Juventude, a partir das 18h15, na Arena da Baixada, pela 21ª segunda rodada do Brasileirão.
O Santos joga no mesmo dia, a partir das 21h, contra o Ceará, no Castelão, em Fortaleza, também pela 21ª rodada do Brasileirão.
Tardelli é ameaçado
O atacante Diego Tardelli estreou pelo Santos na derrota por 1 x 0 para o Athletico, nesta terça-feira, 14, mas lembrará desta noite por outro motivo. Em seu perfil no Instagram, o jogador disse ter sido perseguido por torcedores no caminho da Vila Belmiro ao hotel onde está morando, em Santos.
Diego Tardelli entrou no segundo tempo da eliminação do Santos na Copa do Brasil, não teve participação direta no resultado, mas não escapou das cobranças. Segundo o atacante, torcedores cercaram seu carro e o ameaçaram na volta para o hotel.
“O que eu quero contar é uma cena de terror que eu acabei de passar, que eu nunca passei na minha vida e jamais imaginaria que um dia eu fosse passar por isso. Estava chegando aqui próximo ao meu hotel. Acredito que uns três ou quatro carros já estavam me seguindo. Até eu parar no sinal e nisso dois ou três carros me fecharam. Não tinha para onde correr. Começaram a quebrar meu carro, chutar, amassar. Falavam que eu ia morrer. Aquela tortura que eles fazem quando as coisas não vão bem. Isso me deixou extremamente triste, chateado”, disse Tardelli.
“Acredito que eram, pelo que eu vi rápido, contando alto, em torno de 10 pessoas, torcedores. Dez vândalos. Torcida tem todo direito de cobrar. A fase do time realmente não é das melhores, mas isso não justifica. Infelizmente. Passar pelo que eu passei, durante 15 anos de carreira, é muito triste passar por isso. Se quiser ir no CT, qualquer lugar cobrar, xingar. Mas agredir, quebrar carro, tacar o terror… Isso não cabe mais no futebol.”
E completou: “Não adianta porque não vai ter nenhuma punição. Poderia ter acontecido qualquer coisa comigo. Não tinha ninguém do lado. A sorte é que eu encontrei um policial no caminho do hotel e eles me escoltaram.”.
Alguns torcedores já haviam ido à saída do vestiário do Santos na Vila Belmiro para protestar contra o elenco e dispararam palavras de ódio.
Vale lembrar que, no início da temporada, o técnico Ariel Holan pediu demissão alegando que havia sido alvo de protestos na porta do prédio onde morava, por causa do mau desempenho do Santos no Campeonato Paulista. (Da Redação com ge)