O preço do gás de cozinha (GLP) em Barra de São Francisco caiu para R$ 65 na maioria das revendedoras e podia ser encontrado até por R$ 54 na semana passada. Mas a falta do produto começou a ser sentida esta semana na cidade e, em pelo três revendas consultadas pelo site ocontestado.com o gás já estavam em falta.
No depósito de gás do Pedrão, ele informou que hoje chega uma pequena carga, mas que a entrega está sendo regrada e o preço do distribuidor vem aumentando. “Por enquanto continuamos vendendo a R$ 73, preço que estamos praticando desde o ano passado, mas, não sei até quando vamos manter.
No gás do Prego, a informação é de que o preço é de R$ 65, mas o produto só chega a partir da quinta-feira, 16. “No momento não temos gás para entrega”, disse um funcionário.
No Posto Mais, na Rua Mineira, o gás estava sendo vendido a R$ 54 para retirar no local, mas, já nesta segunda-feira o estoque acabou.
No dia 31 de março, a Petrobras anunciou a terceira redução no preço do gás de cozinha nos últimos 10 dias, de 10% nas refinarias. Com mais essa queda, o preço do produto, que afeta as famílias de baixa renda, acumula corte de 21% nos preços neste ano.
Antes dessas reduções, o preço praticado pela estatal estava 45% acima da paridade com a cotação internacional. O preço nas refinarias passa a ser de R$ 21,85 para o botijão de 13 quilos (gás de cozinha).
No entanto, a redução drástica na produção de gasolina, segundo os distribuidores, acabou afetando a produção de gás, que é um subproduto da gasolina. Por isso o gás não está chegando em quantidade suficiente para abastecer os revendedores.
Segundo a Petrobras, a empresa está reforçando o abastecimento de GLP no mercado através de compras adicionais já efetuadas dentro do seu programa de importação, depois que a crise provocada pelo coronavírus fez muitas famílias estocarem o combustível, levando à escassez pontual em alguns centros urbanos, segundo informou mais cedo o Ministério de Minas e Energia (MME).
Ao todo, a Petrobras anunicou a importação de três carregamentos, que chegariam no porto de Santos nos dias 30 de março, 6 e 10 de abril. Cada navio tem capacidade adicional de 20 milhões de quilos de GLP, equivalente a 1,6 milhão de botijões de 13 kg.
A companhia disse ainda que não há necessidade de estocar o produto, e pediu para que as distribuidoras repassem a queda de preços para o consumidor. “Não há qualquer necessidade de estocar GLP neste momento, pois não haverá falta de produto para abastecer a população”, afirmou a estatal. (Weber Andrade com Petrobras/ANP)