A geração de empregos com carteira assinada voltou a crescer no Brasil, no Espírito Santo e também em Barra de São Francisco, no mês de abril, apontam os dados divulgados nesta sexta-feira, 24, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. Em Barra de São Francisco, o estoque de empregos aumentou 0,68%, gerando 38 novas vagas no mês passado. Em março tinham sido registradas apenas 5 contratações a mais do que demissões.
Os setores de Serviços, com 16 vagas (1,42%) e o de Construção Civil, com 14 vagas (17,28%) foram os que mais avançaram. O saldo só foi negativo no setor Extrativo, que reduziu 4 vagas (-0,52%).
No total, foram geradas 192 vagas novas e promovidas 154 demissões em abril no município. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano o saldo é de 87 vagas (+1,57%) e, em 12 meses, ou seja, de abril do ano passado até abril deste ano, são 216 admissões a mais do que demissões. (veja tabela no final da matéria).
Espírito Santo – Em todo o estado, o mês de abril registrou 28.189 contratações e 25.308 demissões, restando um estoque positivo de 2.881 vagas (0,40%). O resultado é amplamente superior ao de março, quando foram geradas 26.478 contratações e 27.321 demissões, restando um saldo negativo de 843 vagas (-0,12%).
Durante todo o ano passado, foram 339.006 contratações e 321.971 demissões, com um saldo de 17.035 vagas (+2,40).
Brasil – A economia brasileira gerou 129.601 empregos com carteira assinada em abril, de acordo com números do Caged. O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. Em abril, o país registrou 1.374.628 contratações e 1.245.027 demissões.
Esse é o melhor resultado para meses de abril desde 2013, ou seja, em seis anos. No mesmo período do ano passado, foram abertas 115.898 vagas com carteira assinada.
O secretário de Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, afirmou que o mês de abril normalmente traz abertura de vagas formais, de modo que o resultado não foi uma surpresa.
Entretanto, avaliou também que, na medida em que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não está registrando crescimento expressivo neste ano, o saldo de empregos criados foi bom.
“Dá para dizer que não é o crescimento exponencial de mercado de trabalho que todos gostaríamos, e que a economia precisa, que os trabalhadores ainda desempregados precisam, mas que está em linha com a dinâmica geral do mercado brasileiro”, declarou.
“Não vamos colocar os carros na frente dos bois. É preciso que os fatores da economia se recuperem, com aprovação de reformas, e, a partir daí, o mercado de trabalho reagirá (com maior intensidade)”, concluiu Dalcolmo.
Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018, quando foram abertas 529.554 vagas formais, de acordo com dados oficiais.
Parcial do ano – Os números oficiais do governo mostram também que, nos quatro primeiros meses deste ano, foram criados 313.835 empregos com carteira assinada.
Com isso, houve queda de 6,83% frente ao mesmo período do ano passado – quando foram abertas 336.855 vagas formais.
Os números de criação de empregos formais do primeiro quadrimestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e março. Os dados de abril ainda são considerados sem ajuste.
Salário – O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.584,51 em abril. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve queda de 1,32% no salário de admissão, ou de R$ 21,17, na comparação com o mesmo mês de 2018.
Em relação a março de 2019, porém, houve uma alta real de 0,45%, ou de R$ 7,14, no salário médio de admissão, informou o Ministério da Economia. (Weber Andrade com dados do Caged/Ministério da Economia)