A cultura de café conilon no Espírito Santo vem se destacando anualmente em produtividade devido à adoção de tecnologias, principalmente no que se refere à seleção de novos cultivares, irrigação, nutrição e manejo das áreas. O uso destes métodos, além de melhorar a produtividade, garante a sustentabilidade da produção nas propriedades, colocando o Estado como maior produtor de Conilon.
A praga mais temida pelos produtores desta variedade de café é a cochonilha-da-roseta, que compreende um complexo de espécies pertecentes ao gênero Planococcus. As mais comuns são as P. citri e P. Mino, e ambas vivem em colônias constituídas por ninfas e adultos, são muito parecidas e também conhecidas como cochonilha branca (Fornazier 2009).
Par ajudar os cafeicultores a combater a doença, o Incaper promove, nesta quinta-feira, 8, às 8h, uma live com especialistas que irão indicar maneiras de combater ou evitar a doença.
Serão abordadas as principais tecnologias e tipos de manejo para evitar ou combater a Cochonilha da Roseta, um inseto considerado uma das principais pragas que acometem as lavouras de café conilon, em diversos municipios produtores do Espírito Santo.
Início: 08/04/2021 à(s) 19:00h
Local: www.youtube.com/IncaperTV
Inverno
No período de inverno, a cochonilha se aloja no solo, onde se alimenta de raízes e radicelas. Já o período de trânsito ocorre a partir de agosto, com o início das chuvas ou irrigação para indução floral e vai até dezembro. Nesta época pode-se observar a movimentação das espécies adultas nos caules e hastes do café e também se percebe que as plantas atacadas apresentam coloração amarelada e respondem pouco à adubação e à irrigação.
A cochonilha se aloja na roseta junto ao botão floral, às flores e ao chumbinho (grão ainda pequeno), onde forma a colônia, que é composta por ninfas e adultos. Seu principal dano é a sucção da seiva, que provoca a mumificação do chumbinho e forma uma roseta com pequeno número de grãos, causando perdas de até 100%. Este fenômeno é conhecido como “roseta banguela”. As espécies adultas liberam uma secreção esbranquiçada que forma uma proteção especial para toda a colônia junto à roseta, comprometendo assim a penetração do inseticida e dificultando o controle da praga.
Em lavouras novas, ainda com a ramificação próxima ao solo, os ataques têm sido mais severos e com mais frequência do que nas adultas, em que é feita a poda de manutenção e o monitoramento. Esse último se torna uma importante ferramenta para os produtores obterem um controle mais eficaz, pois permite saber qual o período de trânsito da praga antes que a mesma chegue à roseta. (Da Redação com Incaper e jornal Dia de Campo)