A história da Moreira Material de Construção se funde com a história da avenida Jones do Santos Neves, afirma Beto Moreira, um dos filhos mais novos do senhor Acendino Moreira, fundador da empresa, há quase 50 anos.
Esta semana, o ex-vice prefeito e servidor público aposentado, Paulo César Andrade, o Paulinho Caipora, comentou sobre o acidente, um incêndio que aconteceu em 29 de junho de 1966, citando um antigo morador de Barra de São Francisco. Mas, o próprio Beto, conta como foi o sinistro, em entrevista exclusiva aos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br.

“Meu pai veio de Minas para cá, trabalhou como pedreiro, no início, mas logo mostrou sua visão empresarial e comprou uma carroça, para puxar areia e vender para as pessoas que estavam construindo”, relata.
Acendino logo abriria o próprio negócio, um barzinho – “desses de vender pinga mesmo,” conta Beto. Do barzinho ele evoluiu para um pequeno armazém de secos e molhados. Mas o negócio foi literalmente queimado pelos irmãos Jones – cujo nome seria em homenagem ao ex-governador capixaba que dá nome à avenida – e Beto, que foram brincar de queimar bombril, diversão muito comum naquela época. Tocaram fogo no armazém e obrigaram o pai a refazer a vida.
“O Jones fala que foi culpa dele, mas eu lembro, apesar de ter pouco mais de três anos, eu estava lá”, revela Beto aos risos, reivindicando sua parte na traquinagem. Logo depois, Acendino, seguindo a vocação para o setor de construção civil, implantou a Moreira Material de Construção, na esquina da rua Alceu Melgaço com a Jones dos Santos Neves, onde estão até hoje. “Se meu pai estivesse aqui, ele ia ficar muito feliz com esta reportagem.”
(Weber Andrade)