Uma operação das Polícias Civil e Militar deflagrada nesta quarta-feira, 7, cumpriu mandados de prisão expedidos pela Justiça capixaba contra três pessoas, acusadas de serem mandantes do assassinato do diretor do Sine de Nova Venécia, Dionízio Gonzaga de Oliveira, de 42 anos. Os acusados são o casal Fernanda Cassa Rodrigues e Euclides Gomes da Silva, mais o padrasto Elenilson. Os nomes dos mandantes foram divulgado pelo jornal ‘Correio9‘.
Em entrevista coletiva concedida à imprensa na noite desta quarta-feira, a polícia informou que falta prender o homem que efetivamente executou a vítima, ou seja, o assassino.
A participação dos mandantes é atestada por meio da quebra do sigilo telefônico dos envolvidos e da própria vítima, segundo a polícia. Ainda de acordo com a investigação, a perícia realizada no celular de Dionízio aponta que havia uma animosidade, ou seja, problemas, entre a vítima e um dos mandantes. De acordo com a polícia, um dos mandantes teve desavença com a vítima, e as outras duas pessoas presas viabilizaram o contato direto com aquele que iria conduzir o carro com o assassino.
A Polícia Civil destacou que o uso da tecnologia para desvendar o crime foi efetivo. O delegado William Dobrovosk, responsável pela investigação do caso, informou que o motorista do carro em que estava o executor, preso três dias após o crime, não contribuiu com as investigações e que se manteve em silêncio desde o início. O delegado explicou que o motorista é participante direto do assassinato à medida em que fez contato e deu total suporte ao assassino.
Os três mandantes deram entrada na noite de ontem no Centro de Detenção Provisória de São Mateus. A polícia informou que eles não prestaram depoimento – que será agendado em uma data posterior para que a defesa tenha acesso aos cinco volumes dos autos do processo.
Relembre o caso
O diretor do Sine de Nova Venécia, Dionízio Gonzaga de Oliveira, foi assassinado quando chegava para trabalhar na manhã de uma terça-feira, 23 de fevereiro deste ano. O assassino chegou e disparou duas vezes à queima roupa contra a vítima. Segundo a perícia, um dos disparos atingiu o tórax e o outro, a cabeça da vítima.
Após o crime, o assassino fugiu levando o carro da vítima, um Fiat Uno Way, vermelho, que foi abandonado minutos depois às margens da ES-130, rodovia que liga Nova Venécia sentido a Boa Esperança. (Da Redação com A Parresia)