A Justiça Eleitoral de Lajinha (MG), município que fica na divisa com o Espírito Santo, fazendo limite com Ibatiba, no sul do Estado, cassou o mandato do prefeito, João Rosendo, do vice, João Dutra, e do presidente da Câmara Municipal, Beto Lamparina. De acordo com o juiz eleitoral, Felipe Zanotto, os políticos são acusados de compra de votos e abuso de poder econômico durante as eleições de 2020. A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 2. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi proposta pelos candidatos a prefeito, Celsino de Souza, e vice, Mara Jocasta.
Entre as denúncias, estão a realização de uma obra de calçamento de uma via no bairro São Sebastião, que contou com a presença do prefeito e vice, além de distribuição de cerveja durante uma carreata, utilização de servidores públicos para fazer mudança de residência de eleitores e oferecimento de serviços advocatícios para realização de inventário, em troca de votos.
De acordo com o juiz, prefeito e vice, além de terem os mandatos cassados, terão de pagar uma multa de R$ 45 mil cada. Já o presidente da Câmara deverá pagar uma multa de R$ 30 mil.
Além dos três, outras 14 pessoas foram denunciadas. Dessas, nove foram absolvidas por falta de prova, segundo o juiz. Outras três investigadas deverão pagar uma multa de R$ 15 mil, sendo uma delas a primeira-dama. Também, além de prefeito e vice, outros dois ficaram inelegíveis por oito anos.
O que diz a defesa
De acordo com Giovanni Sanglard, advogado responsável pelo prefeito, vice e presidente da Câmara, à decisão de primeira instância cabe recurso. Por isso, não afasta os ocupantes de seus cargos.
Disse ainda que já está preparando recurso para ser protocolado no prazo legal. O advogado ainda completou que tudo será esclarecido no Tribunal. (Da Redação com G1 Vales de Minas Gerais)