Quem pensa que o nosso corpo acumula gorduras apenas na barriga e outras partes visíveis, está enganado. Um dos maiores problemas para a saúde humana está no acúmulo de gorduras no sangue e no fígado. O médico Kassiano Faustino, da Clínicas Mais Saúde, em Barra de São Francisco, explica que a doença chamada “Esteatose Hepática” é um acúmulo de gordura nas células do fígado, também chamada de infiltração gordurosa do fígado ou doença gordurosa do fígado. Ela é muito comum nos pacientes com sobrepeso, obesos ou diabéticos.
O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer. Nesses casos, o fígado não só aumenta de tamanho, como adquire um aspecto amarelado.
A Esteatose Hepática é uma condição cada dia mais comum, que pode manifestar-se também na infância e atinge mais as mulheres. A estimativa é que 30% da população apresente o problema e que aproximadamente metade dos portadores possa evoluir para formas mais graves da doença.

De acordo com o médico Kassiano, a doença pode ser dividida em dois tipos:
1) Doença gordurosa alcoólica do fígado (quando há abuso de bebida alcoólica).
2) Doença gordurosa não alcoólica do fígado (quando não existe história de ingestão de álcool significativa).
As causas mais comuns são abuso de álcool; Hepatites virais; Diabetes; Sobrepeso ou obesidade; Aumento dos níveis de colesterol ou triglicérides; Uso indiscriminado de medicações; causas relacionadas a algumas cirurgias para obesidade.
Diagnóstico – O diagnóstico é feito através de exames de rotina. Além disso, o aumento do fígado pode ser detectado no exame físico realizado pelo médico, ou ainda por métodos de imagem, como a ultrassonografia de abdômen, tomografia ou ressonância magnética.
Também pode haver suspeita de esteatose quando o paciente apresenta obesidade central (aumento do diâmetro da cintura em relação ao quadril).
Tratamento – O tratamento é feito de forma multidisciplinar. Isso inclui acompanhamento médico e uso de medicamentos (em casos especiais), acompanhamento nutricional e realização de atividade física programada. (Weber Andrade com informações de Clínica Mais Saúde)