A ministra da Agricultura, Tereza Cristina estará em Águia Branca daqui a pouco para o lançamento do 12º marco do Início da Colheita do Café Conilon. O evento acontece nesta sexta-feira, 24, na propriedade do cafeicultor Gilberto Alochio Kubit, no córrego Delta, em Águia Branca.
O evento deverá contar com um número recorde de participação de cafeicultores, políticos e outros produtores rurais do norte do Espírito Santo por causa da presença da ministra que estará acompanhando o secretário estadual de Agricultura, Paulo Foletto e o governador Renato Casagrande.
O 12º Marco do Início da Colheita do Café (veja programação mais abaixo), e um evento tradicional da cafeicultura capixaba e marca o início da colheita do café no estado, mas este ano grande parte dos cafeicultores do noroeste capixaba já está terminando a colheita, devido ao calor intenso dos primeiros meses do ano.
Em entrevista aos sites vozdabarra.com.br e ocontestado.com, o produtor rural Cristiano Riban, de Governador Lindenberg, disse que os cafeicultores do município estão preocupados com a situação da cafeicultura na região e pretendem pedir o apoio da ministra para fazerem frente à crise. “Enfrentamos vários anos de seca e baixa produção e, agora, com a situação climática dos últimos meses, o café está sendo colhido antecipadamente e os preços estão muito baixos”, lamenta.
Em Barra de São Francisco, na maioria das propriedades, a colheita começou no início de abril, quando o normal é começar em meados de maio. A cafeicultora Geane Peixoto, do córrego Sapucaia é uma das exceções. ao ver a reportagem do site sobre a colheita antecipada, ela disse ter ficado feliz. “Assim vai sobrar mão de obra para colher o eu café, que ainda está verde”, comentou ela.
A reportagem dos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br conversou com alguns produtores de café no início de abril e eles disseram que, devido ao forte calor dos últimos meses o café madurou mais rápido e estava “queimando” no pé, por isso, muitos decidiram antecipar a colheita.
Mas a safra não deve render como o esperado, porque o clima também prejudicou a qualidade dos grãos. De acordo com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada em janeiro, o Espírito Santo deveria colher até 11 milhões de sacas neste ano.
Mas, com o grão prejudicado, o montante deve ficar em torno de 9 milhões. A consequência está na hora de vender. Com pouca qualidade, o café fica ainda mais desvalorizado. A saca de 60 quilos, que no ano passado foi vendida por R$ 310, ainda não chegou a R$ 300 nesta safra.
Além da qualidade dos grãos, a grande oferta de café no mercado internacional também está ajudando a derrubar os preços. (Weber Andrade)
PROGRAMAÇÃO – 24 DE MAIO
7H30 – Recepção e Inscrição dos participantes
8h – Abertura
8h30 às 10h – Dia de Campo: Sutentabilidade diante dos Desafios da cafeicultura do Conilon
Estação 1 – Espaçamento e Densidade de Plantas em Café Conilon (Abraão Carlos Verdin Filho e Marcone Comério – técnicos do Incaper)
Estação 2 – Qualidade e Oportunidades na Cadeia do Café (Pedro Malta, gerente corporativo de Agricultura da Nestlé e Rodolfo Clímaco, gerente agrícola Cafés Nestlé)
10h – Palestra técnica – “Manejo Integrado Visando a Sustentabilidade e a Qualidade do Café (Renan Batista Qeuiroz – técnico do Incaper)
10h20 – Pronunciamento das autoridades
12h – Solenidade da colheita simbólica que marca o início da colheita do café conilon no Espírito Santo
12h30 – Almoço e encerramento
Fonte: Incaper