A Polícia Militar se mobilizou para impedir a realização de um baile funk clandestino no último sábado (7), em Jaguaré, no Norte do Espírito Santo. De acordo com a PM, a corporação recebeu uma denúncia de que ocorreria um baile funk clandestino naquela noite em um local próximo do pedágio, às margens da BR-101, no sentido Jaguaré x São Mateus. No cartaz que nominava o evento chamado de “Fuzuê do JG”, aparecia uma pessoa segurando até um fuzil (arma de uso restrito das forças segurança). A organização do evento disse, após a publicação da matéria, que a arma que aparece no cartaz é de airsoft e que “artista não é bandido”. Airsoft é um jogo desportivo onde os jogadores participam de simulações policiais, militares ou de mera recreação com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais.
De posse das informações repassadas na denúncia, os militares se deslocaram para conferir se o organizador tinha ou não alvará obrigatório. Chegando no local, a PM conversou com o responsável pela festa. Foi constatado que o organizador não tinha alvará nem da Prefeitura, Polícia Civil e do Corpo de de Bombeiros – o que configurava a clandestinidade do baile. A PM ressaltou que o homem estava realizando um evento gigante, que daria mais de mil pessoas, e sem autorização das autoridades. Os órgãos citados concedem alvarás, por lei, para garantir a segurança das pessoas. Segundo a Polícia Militar, com a ausência de qualquer autorização, o organizador estava colocando em risco a vida de centenas de pessoas que iria frequentar o evento. Diante disso, a PM informou ao organizador da festa, que dada as condições ausentes de autorização dos órgãos necessários, o baile funk não poderia acontecer. O organizador disse aos policiais que não realizaria o evento.
As guarnições, então, se retiraram do local, retornando mais tarde naquela noite para verificar se a festa estaria ocorrendo. Ao chegar no local, a PM viu que havia uma fila de pessoas gigante para entrar no local da festa. Segundo a polícia, na bilheteria não havia ninguém, e o organizador da festa sumiu para não ser preso. Diante disso, a PM permaneceu no local para que o baile funk clandestino não ocorresse. Quando as pessoas perceberam que não haveria festa, eles foram embora. A PM disse que havia ônibus fretado com pessoas até do estado da Bahia.
O organizador não foi localizado. A ocorrência foi entregue para apuração da Polícia Civil.
Aparresia