Os preços de café no Espírito Santo, em fevereiro deste ano, valorizaram em média 31% em comparação com o mês de fevereiro de 2020. Analisando cada tipo em separado, as altas são de 33% para o café “duro”, 24% para o café “rio” e de 36% para o café conilon. Comparando a variação neste ano, entre janeiro e fevereiro, as médias subiram 12% (duro), 8% (rio) e 3% (conilon).
Ontem, 4, os preços do café do Espírito Santo fecharam em R$ 661,00 (duro), 465,00 (rio) e 420,00 (conilon).
De um modo geral, os fatores que influenciaram o comportamento dos preços no mês de fevereiro foram a queda do nível de infecção por Covid-19 nos EUA (o que pode estimular o consumo, já que esse cenário é propício para a reabertura de restaurantes e cafeterias) e outras questões como oscilação dos preços, mercado especulativo e alta influência do câmbio.
No dia 22 o café “bebida dura” teve uma alta de 6% – a maior do mês -, refletindo a alta de 2,08% no dólar e de 5,95 usc/lb das cotações na Bolsa de NY. Tal variação nesse tipo de café teve como fatores preponderantes o otimismo em relação à demanda (em virtude da perspectiva de vacinação em massa nos EUA e na Inglaterra, o que conduz ao crescimento do consumo de café fora de casa).
Esse cenário é positivo para os preços, uma vez que há um choque positivo de demanda de café arábica bebida “dura”, remunerando melhor o produtor rural.
O conilon, por sua vez, registrou sua maior queda do dia 1º para o dia 2 e sua maior alta do dia 19 para o dia 22. Apesar de registrar momentos de baixa, o mercado dessa variedade demonstrou suporte (como já era esperado).
A maior alta nos preços do conilon ocorreu em virtude do reflexo de exportação mais baixa do Vietnã no mês de janeiro (queda de 17,6%). Esse cenário também remunera melhor o produtor, em virtude de um choque negativo de oferta.
No dia da maior alta do conilon houve um aumento de 2,08% em relação ao dólar do dia anterior e de 48 usd/ton na Bolsa de Londres.
Os gráficos 3 e 4 analisam o comportamento dos preços dos arábicas em função do dólar e da Bolsa de NY, enquanto os gráficos 5 e 6 ilustram o comportamento do preço do conilon em função da Bolsa de Londres.
O mês de maio deste ano passou a ser utilizado como referência, a partir de 23 de fevereiro, para as Bolsas de NY e Londres por, atualmente, ser o de maior posição em aberto. (CCCV)