Em novembro do ano passado, a reportagem dos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br mostrou que o quilo do tomate estava sendo vendido por até R$ 8,99 nos supermercados de Barra de São Francisco. Como em novembro começa o período chuvoso o preço da fruta, essencial na mesa do brasileiro costuma aumentar. Porém, quando chega abril, o preço do quilo tomate, costuma cair para menos de R$ 2 o quilo, permanecendo assim até outubro.
No entanto, este ano, em vez de diminuir, o preço do quilo do tomate continua subindo e já chegou a mais de R$ 10, o tipo italiano. Já o tomate longa vida está custando entre R$ 6 e R$ 8,99 nos supermercados.
O preço ‘salgado’, segundo os supermercadistas ouvidos pela nossa reportagem não tem caído nas Centrais de Abastecimento (Ceasa), onde o quilo da fruta está custando até R$ 5 o quilo em Minas Gerais e R$ 4,25, em média, em Colatina.
De acordo com o diretor-presidente da Ceasa (ES), Carlos Roberto Rafael, o que está impactando no aumento dos preços é o clima e o desestímulo do cultivo de alguns alimentos. “Os dias muito quentes e os dias chuvosos acabam gerando perdas nas lavouras. Outro fator dominante na mudança climática é o aumento de proliferação de pragas. Também notamos a diminuição no plantio de algumas culturas, como o tomate, isso se deu por conta do preço baixo que foi vendido nos últimos dois anos, agora com a oferta menor, o preço tende a ficar mais alto”, salienta Rafael.
Hoje o quilo do tomate está mais caro do que o quilo de frango, que custa em média R$ 5. Na feira livre, no último sábado, a fruta podia ser encontrada por até R$ 4, mas nos supermercados e quilões o produto não sai por menos de R$ 4,99, sendo que o preço médio praticado é de R$ 6.
Substituto – Com o aumento de cerca de 100% no preço, nutricionistas e economistas sugerem substituir o alimento, utilizado em molhos e saladas, por outros ingredientes, que não pesem tanto no orçamento. “Se o consumidor deixar de comprar tomate, fará com que os produtores reduzam o preço do produto”, revela o professor de economia, Edson Stein. “O fruto está sendo comercializado a esse preço porque as pessoas estão comprando”, acrescenta.
Nas saladas, o tomate pode ser substituído por outros alimentos mais baratos e também com baixo índice calórico, como folhas verdes, chuchu e pepino. Para quem procura mais artifícios para evitar o consumo do tomate, nutricionistas advertem que o fruto pode ser contraindicado em alguns casos: Ele pode contribuir para piorar os quadros de quem sofre de alergias alimentares, gota, gastrite e úlcera. (Weber Andrade)