O aumento no preço da carne bovina, que vem acontecendo desde o início da pandemia, está fazendo com que os restaurantes populares de Barra de São Francisco evitem servir o produto diariamente. A arroba do boi gordo está custando, em média, R$ 245 no Espírito Santo e o quilo da carne mais barata (músculo, acém ou maça de peito) não sai por menos de R$ 28.
“Nós não estamos mais servindo a carne bovina diariamente. Agora, temos um dia da semana com bife e outro com carne de boi cozida. Nos demais dias, servimos carne de porco ou de frango, para conseguirmos manter o preço mínimo do prato feito (PF) em R$ 10”, conta a dona de um restaurante no centro da cidade.
Nos restaurantes self-service, o preço do quilo de comida está girando entre R$ 31 (sem churrasco) e 43,99 (com churrasco). “Por causa do aumento da carne bovina, tivemos também aumento no preço do frango e do porco, por isso, o preço subiu bastante”, afirma um dono de restaurante no centro.
Com a alta significativa dos preços, os restaurantes nem sequer colocam mais cartazes exibindo o valor do prato, não há mais promoção e um PF já custa em torno de R$ 15 a R$ 20, com churrasco.
Churrasquinho – Outro efeito perverso do aumento da carne bovina se deu nos churrasquinhos. No início de 2019, a iguaria preferida do happy hour francisquense custava de R$ 3 a R$ 3,50 e agora está até custando R$ 5, o espetinho de boi e R$ 4 o de frango ou porco.
“Eu gostava de comer dois ou três espetinhos por dia, tomando minha cerveja, mas, do jeito que o preço subiu, agora estou evitando o churrasquinho. Quando dá, a gente come um só”, conta um funcionário de uma mineradora que sempre costuma frequentar uma tenda de churrasquinho no centro. (Weber Andrade)