Além das tentativas de negociação, a PRF acionou a Advocacia-Geral da União (AGU). O objetivo é obter, na Justiça Federal, mandados proibindo a interdição e, assim, conseguir a liberação das vias.
Foram registradas paralisações no Rio Grande no Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Pará, Goiás e no Distrito Federal.
Os bloqueios não são compactuados por toda a categoria. Marconi França, líder dos caminhoneiros autônomos, classifica as interdições como “tumulto” e “vandalismo”. “Não vai ser meia dúzia de baderneiros que vai tentar fazer uma paralisação usando o nome dos caminhoneiros. Não é um ato de reivindicação da nossa categoria.”
O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, tem posição semelhante à de França. Ao reconhecer a eleição de Lula, ele defende a necessidade de promover um alinhamento entre a categoria e o próximo governo.
“Vamos lutar pelo nosso segmento dos transportes. Há muitas coisas que precisamos tirar do papel. […] Parar o país neste momento vai trazer um prejuízo muito grande para a nossa economia”, avalia Chorão.