As investigações da Delegacia de Polícia (DP) de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo, resultaram na prisão de uma mulher de 40 anos, no município de Itaberaba, na Bahia, nessa terça-feira (23). Ela é suspeita de ter assassinato o próprio marido no bairro Jundiá, em Pinheiros, no dia 16 de dezembro de 2016.
A prisão foi realizada após trocas de informações entre a Delegacia de Polícia de Pinheiros com a Polícia Militar da Bahia (PMBA).“Em posse do mandado de prisão preventiva, empreendemos diligências que resultaram na informação de que a suspeita teria fugido para a cidade baiana de Itaberaba, que fica a aproximadamente 900 quilômetros de distância da cidade capixaba”, contou o titular da Delegacia de Polícia de Pinheiros, delegado Eduardo Mota.
Após ter ciência do local onde a suspeita estava, uma equipe da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) entrou em contato telefônico com policiais militares de Itaberaba e repassou as informações que possibilitaram localizá-la e dar cumprimento ao mandado de prisão. A mulher foi indiciada pelo crime de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi encaminhada à Delegacia de Itaberaba e depois será recambiada ao Centro de Detenção Provisória de São Mateus.
O CRIME
O marido da suspeita, Elias Costa, então com 44 anos, havia sido dado como desaparecido pela família no dia 16 de dezembro de 2016 e a suspeita foi vista deixando o imóvel da família às pressas. Já no dia 26 de dezembro, o corpo da vítima foi encontrado em adiantado estado de decomposição no interior da casa do casal, escondido dentro de um armário de madeira.
Os investigadores que estiveram no local perceberam que o cômodo onde o corpo estava foi “lacrado” por materiais plásticos. A intenção teria sido evitar que o cheiro proveniente do estado de putrefação do corpo se espalhasse pela vizinhança. Posteriormente, a mulher se apresentou na delegacia alegando que teve uma desavença com o marido e sem querer desferiu um golpe na cabeça dele, causando um desmaio e posterior morte.
Ela alegou legítima defesa. Porém, com a intensificação das investigações em razão das diversas controvérsias no depoimento da esposa, ficou comprovado que ela matou o marido intencionalmente e depois ocultou o corpo no interior da casa. Para acelerar o processo de putrefação do corpo do marido, a suspeita utilizou cal na tentativa de “dissolver” o corpo, mas ele foi encontrado antes pela vizinhança.