Você pode dizer se uma pessoa está mentindo apenas olhando nos olhos dela? Sim, de acordo com pesquisadores da Universidade de Stirling, na Escócia. Desde que você use o teste que eles desenvolveram e que, segundo eles, estuda o movimento dos olhos das pessoas e pode detectar sinais quando orientado a reconhecer rostos.
Na pesquisa, os que mentiram não conseguiram esconder sua reação quando lhes foi mostrada uma imagem de um rosto familiar.
O teste, chamado de ConFace, rastreia os movimentos oculares enquanto a pessoa observa imagens na tela do computador. É parecido com um método usado pela polícia no Japão para testar suspeitos.
O projeto ConFace foi liderado por Ailsa Millen, pesquisadora de psicologia da Universidade Stirling, que disse que o teste pode ajudar a polícia especialmente para saber se uma pessoa está mentindo para proteger a identidade de um criminoso.
“Os policiais costumam apresentar fotos de rostos de suspeitos para estabelecer identidades em crimes”, disse ele.
“Algumas testemunhas são honestas, mas muitas são hostis e intencionalmente escondem seu conhecimento em relação a identidades. Por exemplo, redes criminosas, como grupos terroristas, poderiam negar o que sabem para proteger uns aos outros. Ou uma vítima pode ter medo de identificar seu agressor”.
Os pesquisadores usaram um processo conhecido como teste de informação oculta (CIT, por sua sigla em inglês), que rastreia os movimentos dos olhos.
Em cada teste, os participantes negaram conhecer uma identidade que lhes era familiar e rejeitaram rostos desconhecidos pressionando um botão e dizendo “não”.
Descobriu-se que a maioria das pessoas não conseguia esconder sua reação ao reconhecer um rosto. E quanto mais as pessoas tentavam esconder seus conhecimentos, mais “marcadores de reconhecimento” eram produzidos.
“O objetivo principal era determinar se pessoas mentindo poderiam esconder o reconhecimento seguindo as instruções para olhar para cada rosto, familiar e desconhecido, usando a mesma sequência de fixações oculares. Em resumo, elas não podiam.” (Weber Andrade com G1 Ciência & Saúde)
Neurolinguística também ajuda
a identificar os mentirosos
A Programação Neurolinguística (PNL) é uma abordagem de comunicação, desenvolvimento pessoal e psicoterapia criada por Richard Bandler e John Grinder na California, Estados Unidos na década de 1970. Os criadores da PNL afirmam que existe uma conexão entre os processos neurológicos (“neuro”), a linguagem (linguística) e os padrões comportamentais aprendidos através da experiência (programação), e que estes podem ser alterados para alcançar informações específicas e metas na vida.
Também de acordo com a PNL, é possível detectar se uma pessoa está mentindo, de acordo com o movimento dos olhos e da cabeça. As pessoas que mentem tendem a desviar o olhar para uma direção quando estão mentindo. O processo é muito parecido com o do projeto Conface, mas exige mais habilidade.
Bandler e Grinder também afirmam que a metodologia de PNL pode “modelar” as habilidades de pessoas excepcionais, permitindo que alguém adquira essas habilidades. Eles afirmam também que, muitas vezes em uma única sessão, a PNL pode tratar problemas como fobias, depressão, distúrbios motores, doença psicossomática, miopia, alergia, resfriado comum e distúrbios de aprendizagem. (Weber Andrade com Wikipedia)