Diego Belmiro dos Santos, 34 anos, já está há 11 anos atuando no ramo. Hoje, ele que começou no trabalho embarcado como alpinista industrial, é supervisor alpinista na área da inspeção de equipamentos.
Morador do bairro Ascenção, filho de Gecilda Belmiro dos Santos e do Benedito Moura dos Santos, irmão de Ariani Belmiro dos Santos, Diego traz o sustento da família, e com muito orgulho, dos diversos dias que passa embarcado. Ele é casado com Eduarda Luiza, pai do Heitor Henrique Belmiro, 08, e da Alice Sofia Belmiro, 02. “Geralmente, fico 14 dias no mar e o mesmo tempo de folga. O máximo que fiquei embarcado foram 59 dias, que foi quando surgiu a Covid-19, e, tivemos os aeroportos fechados, não deu para voltar”, relata.
Antes de entrar no ramo do trabalho sobre o mar, o veneciano conta que, seu primeiro trabalho foi de pedreiro, junto com seu pai, aos 16 anos. Na cidade veneciana , Diego também desempenhou função em uma empresa no ramo de granito e com dinheiro da rescisão deste trabalho, o valor serviu para o ajudar a se aventurar em seu novo e, atual destino. “Aos 23 anos, um amigo chamado Edgar Alexandre, que mora em São Mateus e já trabalhava embarcado, me apresentou ao mundo offshore e o alpinismo industrial e, me perguntou se eu não queria trabalhar embarcado, foi onde eu aceitei o desafio. Não foi nada fácil, mas, no final do ano, completo 11 anos trabalhando embarcado. Uma outra amiga, a Alecsandra Gunz foi importante também no início de tudo. O dinheiro da rescisão não deu para pagar os cursos completos, e ela me emprestou o dinheiro para fazer os cursos de Salvatagem e Huet, em Vitória”, relata.
Além de embarques nacionais, Diego tem dois internacionais na conta. “Em Trindade e Tobago, no caribe, e outro na Espanha, em Tenerife, e trabalho para a multinacional norueguesa, Axess Group. “Como vantagens, vejo que financeiramente é muito bom. Também, já conheci vários lugares e pessoas, por exemplo, já viajei para Europa a trabalho. O crescimento profissional é muito grande. O bom também é a folga de 14 dias. Como desvantagem, ficar longe da família é muito ruim, tem também as longas horas de viagem, até chegar ao Rio de Janeiro, para embarcar. E sem contar, que quem trabalha embarcado, perde muitas datas importantes, junto aos seus familiares”, descreve.

Concursado da Petrobras
Concursado da Petrobras, técnico de estabilidade, Fernando Zorzanelli da Silva, 35, iniciou na estatal através de concurso público e atualmente trabalha na Bacia de Santos, campo de Búzios, na P-74. “Quando passei no concurso, realizei treinamento específico na área, durante três meses. O treinamento precisa ser homologado pela Marinha do Brasil. Já tenho 10 anos de carreira”, fala.
Fernando que, é filho de Regina Auxiliadora Zorzanelli e de Sebastião Bernardes da Silva, tem escala de 14 dias embarcado, folgando 21. “Trabalho em operações que envolvam manutenção e controle da estabilidade, de unidades marítimas de produção de petróleo e gás (Offshore). Ainda, tenho atuação e controle nos sistemas e equipamentos de facilidades e carregamento no convés e sala de controle e manobras de offloading”, diz.
Morador do bairro São Cristóvão, casado com a Jéssica Euci Rodrigues Lima, o veneciano, antes de trabalhar embarcado, foi açougueiro. “Aí, resolvi voltar a estudar e foi aonde tudo aconteceu. Gosto da minha profissão, por ser bem dinâmica, difícil de definir uma rotina”, conta Fernando, que ainda completa: “As vantagens da minha profissão é poder trabalhar com tecnologia de ponta, mão de obra qualificada nacional ou estrangeira, com os recursos necessários e financeira. As desvantagens é o confinamento, distância dos familiares e a viagem de translado”.

Operador de veículos subaquáticos
Fernando Pessin Rolim, 32, é mais um dos venecianos da reportagem, que passa 14 dias de sua escala, sobre o mar. Lá, ele é operador de veículos subaquáticos controlados remotamente. “Opero robôs, que tem capacidade de descer até 3 mil metros de profundidade e que faz toda manutenção de poços petróleo, linha de produção. Somos responsáveis por operar estes robôs”, fala.
Filho do Amâncio Rolim e Nilza Pessin Rolim, Fernando, que é técnico em eletroténica, conta como entrou para a profissão. “Conheci a área através de outras pessoas que já trabalhavam nela, me interessei e, me candidatei no processo seletivo da empresa. Entrei como trainee, fie depois, conquistei minha vaga de operador de robótica submarina”, explica.
Casado com a Unice Tavares Fonseca de Souza, pai do Francisco Tavares Fonseca de Souza, 05, e do Conrado Tavares Fonseca de Souza, 03, Fernando, que trabalha para a multinacional americana, C-Innovation do Brasil Serviços de Robótica Submarina, mora no bairro Beira Rio. “Gosto muito do que faço, é uma experiência única, com grandes aprendizados e muitos desafios, e de extrema responsabilidade. Uma grande vantagem da área é que a empresa tem uma política excelente em criar novos profissionais e um plano de carreira para seus colaboradores. A desvantagem é ficar longe da família. A gente tenta matar a saudade através das ligações”, revela.
