O valor global da cesta básica estipulada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas, teve um ligeiro recuo entre o final de agosto e o finla de setembro, em Barra de São Francisco. O valor total era de R$ 470,46 e caiu para R$ 469,36 (-0,23%).
Na comparação com os preços que eram praticados em março, antes da pandemia da Covid-19, o arroz, agora, acumula alta de 63,65%, o óleo de soja subiu 65,9%, a carne, 32,29% e o leite, 26,26%. No acumulado do período o aumento da cesta básica ficou em 6,80%.
Entre agosto e setembro, o óleo de soja, com alta de 22,56% e o arroz (10,76%) foram os produtos que tiveram forte aumento. A batata (6,46%) e o tomate (4,86%) se juntaram aos seis produtos que registraram alta no preço no período de 30 dias.
Por outro lado, a farinha de trigo (-12,12%), a banana (-8,98%) e o leite (-8,63%) foram os três produtos que tiveram maior queda. Ao todo, sete dos 13 produtos da cesta básica tiveram redução de preço no período.
Veja tabelas
Vitória – A cesta básica de Vitória subiu 5,87% no mês de setembro e é a quinta mais cara do país. As maiores variações de preço foram do óleo (29,27%) e do arroz (27,71%). O balanço foi divulgado pelo Dieese nesta terça-feira, 66. De agosto para setembro, a cesta básica passou de R$ 509,45 para R$ 539,36.
Os produtos que apresentaram queda nos preços foram a batata, que ficou 26,37% mais barata, e o café, que teve redução de 3,27%. Neste mês, nenhum produto registrou estabilidade no preço.
O preço da cesta básica em Vitória de setembro representou 55,80% do salário mínimo líquido. Em agosto, o valor da cesta básica representava 52,70% do salário mínimo.
O trabalhador com rendimento de um salário mínimo necessitou este mês cumprir uma jornada de 113 horas e 33minutos para adquirir os bens alimentícios básicos.
Brasil – Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (tomada especial devido à pandemia do coronavírus), realizada pelo Dieese indicaram que, em setembro, os preços aumentaram em todas as capitais pesquisadas.
As maiores altas foram observadas em Florianópolis (9,80%), Salvador (9,70%) e Aracaju (7,13%). Em São Paulo, a cesta custou R$ 563,35, com elevação de 4,33% na comparação com agosto. No ano, o preço do conjunto de alimentos subiu 11,22% e, em 12 meses, 18,89%.
Com base na cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Florianópolis (R$ 582,40), o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ter sido equivalente a R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00.
O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em agosto, o valor foi estimado em R$ 4.536,12 ou 4,34 vezes o piso vigente.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em setembro, foi de 104 horas e 14 minutos, maior do que em agosto, quando ficou em 99 horas e 24 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (alterado para 7,5% a partir de março de 2020, com a Reforma da Previdência), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, na média, 51,22% do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em agosto, o percentual foi de 48,85%. (Weber Andrade com G1 Espírito Santo e Dieese)