Quatro produtos da cesta básica estipulada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas, tiveram alta média de 37,66% entre março deste ano, quando começou a pandemia da Covid-19 e o início de setembro, em Barra de São Francisco.
O arroz, com alta de 47,76% é disparado, o que mais aumentou nesse período. Em seguida vem o leite, com alta de 38,19%, o óleo de soja, 35,35% e a carne, com 29,37%.
A pesquisa foi realizada hoje, 3, em vários supermercados da cidade, e constatou ainda que, desde março até agora, os produtos da cesta básica tiveram alta média de 7,15%. O valor da cesta, que era de R$ 439,16 em março, agora está em R$ 470,46. (Veja tabela no final do texto).
A dona de casa Maria R. C., esteve em um supermercado da cidade hoje, pesquisando preço do arroz e disse que, desde o início da pandemia, o custo das suas compras triplicou. “Está impossível, uma sacola de arroz, 23 reais, onde nós vamos parar, meu Deus”.
O proprietário de um supermercado da cidade, Ademilton Nogueira, disse à nossa reportagem que os varejistas não têm como fazer nada e que os fabricantes e distribuidores é que estão ditando o preço. “O arroz, no dia 24 de agosto, custava R$ 108, o fardo de seis sacolas, de 5 kg, ontem já estava a R$ 131, no mesmo fornecedor. O óleo de soja está pelo mesmo caminho”, lamenta ele.
Para Ademilton essa alta nos preços não tem justificativa, a não ser que estejam exportando. “Se continuar do jeito que está, não demora vai ter desabastecimento”, analisa.
Já o gerente de outro supermercado no centro da cidade, com clientela de maior poder aquisitivo, disse que até o momento os clientes não estão reclamando muito dos preços e as vendas se mantêm. “Alguns produtos até baixaram de preço, como o feijão”, cita ele, mas admite que o preço do arroz teve alta muito expressiva e vai continuar subindo até o ano que vem, disse Wesley. (Weber Andrade)
Acaps diz que supermercados não têm
culpa e cita vários fatores para as altas
A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), publicou estes dias, uma nota onde o presidente da entidade, João Falqueto, ressalta que os supermercados são apenas repassadores de preço, embutindo os seus custos na hora de comercializar as mercadorias. “Os estabelecimentos não têm qualquer responsabilidade sobre os processos de produção. Ele diz anda que os supermercados possuem setores de Compras com profissionais qualificados. “Existe o empenho em fazer sempre as melhores negociações para que o consumidor encontre produtos com preços acessíveis e com o menor aumento possível nas lojas”, garante o presidente.
Segundo a nota, a alta do leite, por exemplo, deve-se à entressafra, que vai de abril a setembro, somada aos efeitos da seca no sul do País, que reduziram a oferta do produto. “O momento atual também deve ser levado em consideração, já que, com o isolamento social, as famílias têm ficado mais em casa, resultando em um consumo maior da bebida, considerada alimento de primeira necessidade.”
Arroz
Quanto ao arroz, a Acaps afirma que o aumento está relacionado a fatores como a produção reduzida, a dificuldade de transporte, a exportação para outros países e a alta do câmbio. A maior procura externa tem afetado diretamente a oferta doméstica do produto, que registrou valorização em dólar acima de 30%.
“Além disso, segundo estudos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a safra de arroz 2019/2020 será a segunda menor da história, acima apenas da safra anterior, ocasionada pela migração de produtores para culturas mais rentáveis., como a soja. Para se ter uma ideia, nos últimos dez anos, a produção de arroz no Brasil caiu, em média, 1,8% ao ano. Para 2020, a previsão é de que o volume produzido seja de 10,5 milhões de toneladas.”
Rio Grande do Sul – O Rio Grande do Sul é o principal produtor do arroz sem casca do País e os beneficiadores do alimento têm apontado problemas logísticos para a entrega do produto na região Sudeste, o que aumenta os custos de transporte. Muitas transportadoras estão cobrando o preço do frete considerando a ida e a volta. Isso ocorre pelo medo de fazer o transporte da mercadoria e não ter o produto para retornar ao estado de origem. Com isso, o preço de frete sofreu uma elevação, uma questão de mercado que está completamente ligada ao período de instabilidade atual.
Óleo de soja
Com relação ao óleo de soja, diz a nota da Acaps, além de ser uma commodity, o produto é utilizado para fabricação de ração animal, que tem exportação forte. O grão foi, inclusive, um dos destaques das exportações brasileiras no primeiro semestre, impulsionado pela alta do dólar. Os produtores priorizam escoar a soja para um mercado que gere maior rentabilidade. Como resultado, há a diminuição da oferta e o produto chega com maior preço ao consumidor. (Acaps)
toda essa alta, faz parte de uma administraçao ruim, aonde foi feito o acordo de exportaçao, e quanto aos fretes, dos camioneiros, foi uma negociaçao do governo, com relaçao aos fretes, quem paga a conta somos nos, quanto a moeda estrangeira, porque temos uma administraçao q ta valorizando a moeda la fora e fudendo nos aqui, governo precisa estocar dolar, pra ele cair, povo ineteligente igual a equip economica do PT, e dificil de existir