O vereador e radialista Admilson Brum, o Dibrum, que teve pedido de cassação de seu mandato, impetrado na semana passada, por ter recebido mais de R$ 34 mil de salários da Prefeitura enquanto prestava serviços para a rádio Jovem Barra FM, do então prefeito Luciano Pereira, teve um áudio divulgado esta semana por adversários da atual administração, onde diz “não querer briga” com os colegas e, por isso, teria votado contra o pedido de cassação do colega José Valdeci de Souza na sessão ordinária da última segunda-feira.
Em conversa via facebook com um admirador e apoiado do grupo dos Pereira, ele afirma que recuou da tentativa de afastamento dos vereadores e abertura de CPI contra o prefeito Alencar Marim porque a Casa “estava cheia de pré-candidatos a vereador” e todo mundo tinha algum interesse.
“O Legislativo não pode ser palco para pré-candidatos e eu não vou ficar sozinho contra 12 vereadores, não vou querer briga, senão eles cassam meu mandato”.
Ouçam o áudio
A conversa se referia à tentativa de golpe contra a administração municipal, que vinha sendo engendrada por aliados de Luciano Pereira e do presidente da Câmara de Vereadores, Juvenal Calixto Filho. A intenção era afastar quatro vereadores, acusados de estarem sendo beneficiados com exames e consultas para os seus eleitores, na Secretaria Municipal de Saúde.
Porém, não havia prova material do crime, a não ser um áudio estranhamento produzido pelo então secretário de Saúde, Zulagar Dias Ferreira, em conversa com uma servidora que é amiga íntima do ex-prefeito Luciano Pereira e “vazado” para outro aliado da família, o inspetor penitenciário Pedrinho Godoy, condenado recentemente pelo Tribunal de Contas (TCEES), a devolver dinheiro recebido indevidamente como pagamento, a título de horas extras.
Como não havia nenhum crime comprovado por parte dos vereadores ou do prefeito, o Legislativo acabou recuando na ideia de abrir uma CPI e afastar os vereadores. (Weber Andrade)