Autoridades estão preocupadas com banhos na barragem Everaldo Bianquini

Por Weber Andrade

A chegada do verão trouxe uma preocupação a mais para a Polícia Militar, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros em Barra de São Francisco: A barragem Everaldo Bianquini, que antes mesmo da inauguração, já está colocando em risco a vida de jovens afoitos que têm se aventurado em saltos acrobáticos a partir do monge (equipamento onde se faz o controle do escoamento da água).

Na semana passada uma reunião no 11º Batalhão de Polícia Militar (11º BPM) traçou estratégias para evitar afogamentos no local. O tenente Vitor Prates, comandante da 1ª Cia do 11º BPM se reuniu com o comandante do Posto Avançado do Corpo de Bombeiros, sargente Fernando Paulo, com o gerente de Convênios e Projetos da Prefeitura e secretário municipal de Defesa Social, Renato Pinto Rosa, além de José Biaquini, um dos proprietários do terreno ao lado da represa, para discutir ações de proteção à vida dos frequentadores do local.

Segundo Renato Pinto Rosa ficou combinado que a Polícia Militar fará diligências no entorno da barragem, principalmente nos finais de semana, para evitar badernas e uso de drogas no local.

Já o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estarão atentos para prestar socorros a possíveis vítimas de afogamento, responsabilidade que também está a cargo do proprietário rural. “A Prefeitura, através da Defesa Civil irá providenciar placas informativas e educativas para o entorno da barragem, visando alertar a todos para o perigo de afogamento. No entanto, a prefeitura só assumirá a responsabilidade sobre a barragem, depois que ela for inaugurada e entregue pelo Governo do Estado”, explica Renato.

Um dos maiores perigos são os saltos feitos da passarela que leva ao monge e que podem fazer com que as pessoas a caiam em um redemoinho que se forma no fundo do lago, onde a água é captada.

Se forem alcançadas pelo redemoinho as pessoas correm o risco de serem sugadas para dentro do monge e acabarem morrendo afogadas ou se ferindo seriamente.

O subsecretário de Infraestrutura Rural da Seag, Rodrigo Vaccari também demonstrou preocupação com o uso da barragem como balneário, uma vez que não há salva vidas no local e há risco de afogamento. “A obra deve ser entregue à Prefeitura assim que for inaugurada e vamos sugerir ao prefeito Alencar Marim que providencia medidas de segurança para uso da mesma, em parceria com empresários que queiram explorar o local como área turística”, disse ele.  

A obra, a cargo da Construtora Monte Azul, teve custo de R$ 1,360 milhão e inundou cinco hectares de área (o correspondente a cinco campos de futebol), permitindo o acúmulo de 150 milhões de litros de água como reserva estratégica para a segurança hídrica.

“A obra beneficia a toda a região, garantindo reforço para os tempos de estiagem, para uso na agricultura e no abastecimento humano. Tivemos que aprender com a última estiagem que castigou, principalmente, as regiões norte e noroeste do estado”, afirma Enivaldo dos Anjos, que também visitou a barragem recentemente. (Weber Andrade)