Se não fosse a construção civil, que gerou uma vaga de emprego formal em dezembro do ano passado, Barra de São Francisco teria ficado no vermelho em todos os setores da economia pesquisados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. Por outro lado, o ano terminou com um saldo positivo de 161 vagas.
Em novembro, o comércio, devido à proximidade das festas de fim de ano, foi praticamente o único setor com saldo positivo: Foram 20 contratações (1,06%) a mais do que demissões. A Construção civil também gerou uma vaga nova.
Mas, em dezembro com demissões na indústria (16), nos serviços (12) e no comércio (8), o município registrou 45 demissões a mais do que admissões. (Veja tabelas mais abaixo).
No total, o município gerou 85 vagas novas e promoveu 130 demissões em dezembro. De janeiro a dezembro do ano passado foram geradas 2.129 vagas novas e promovidas 1.968 demissões, restando um saldo positivo de 161 empregos (2,91).
Espírito Santo – Em todo o Estado, o saldo de empregos formais também foi negativo em dezembro. Foram 22.057 contratações e 25.903, com um saldo negativo de -3.846 (-0,52%). Em todo o ano passado, o saldo de empregos foi de 19.537 vagas (2,73%). Foram 353.003 contratações e 333.466 demissões.
Brasil – O saldo de novos empregos foi negativo. Segundo o Ministério da Economia, o resultado ocorre todos os anos. “Trata-se de uma característica do mês, devido aos desligamentos dos trabalhadores temporários contratados durante o fim de ano, além da sazonalidade naturalmente observada nos setores de serviços, indústria e construção civil”, informou a pasta.
No último mês de 2019, o saldo ficou negativo em 307,3 mil vagas. Em 2018, o saldo de dezembro havia sido de 334,4 mil vagas fechadas. Os maiores desligamentos foram no setor de serviços, com menos 113,8 mil vagas, e na indústria, com redução de 104,6 mil postos de trabalho. O comércio foi o único a apresentar saldo positivo, com 19,1 mil vagas criadas.
Durante todo o ano, o país registrou a criação de 644 mil vagas de emprego formal, 21,63% a mais que o registrado em 2018. De acordo com o Ministério da Economia, é o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde 2013.
Dados do Caged mostram que o estoque de empregos formais chegou a 39 milhões de vínculos. Em 2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.
Todos os oitos setores da economia registraram saldo positivo no último ano. O destaque ficou com o setor de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na construção civil, 71,1 mil. O menor desempenho foi o da administração pública, com 822 novas vagas.
No recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano com saldo positivo. O melhor resultado absoluto foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no Nordeste, 76,5 mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação relativa do estoque de empregos, as regiões com melhores desempenhos foram Centro-Oeste, que cresceu 2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e Nordeste (1,21%).
Em 2019, o saldo foi positivo para todas as unidades da federação, com destaque para São Paulo, com a geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com 97,7 mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.
De acordo com o Caged, também houve aumento real nos salários. No ano, o salário médio de admissão foi de R$ 1.626,06 e o salário médio de desligamento, de R$ 1.791,97. Em termos reais (considerado o deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com novembro do ano passado. (Weber Andrade com Agência Brasil)