Barra de São Francisco ocupa a 13ª posição no Espírito Santo em número de domicílios ocupados em favelas, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira, 19. São 3.384 domicílios, que correspondem a 24,24% dos 13.959 domicílios ocupados no município. É o maior índice entre os municípios da região noroeste do Estado.
Denominadas como “Aglomerados Subnormais” as favelas ocupam espaço em praticamente todos os municípios do país. O estudo, relativo ao ano passado traz uma classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19. O mapeamento preliminar dos Aglomerados Subnormais, foi feito pelo IBGE como preparação para a operação do Censo Demográfico 2020, adiado para 2021, em razão da pandemia de Covid-19. Trata-se, dessa forma, de uma antecipação de resultados preliminares, o que objetiva fornecer à sociedade informações para o enfrentamento da pandemia do coronavírus (Sars-CoV-2).
O Espírito Santo possui o segundo maior percentual de estimativa de domicílios em favelas do país (26,1%), atrás somente do Amazonas, com 34,59%. São 306.439 domicílios em aglomerados subnormais. (Veja mais abaixo o percentual de favelização nos municípios da região noroeste capixaba).
Do total de 698 Aglomerados Subnormais do Estado, quase dois terços (63,90%) estão a menos de dois quilômetros de distância de hospitais. A maioria (82,81%) dessas localidades também está próxima, a menos de um quilômetro, de unidades básicas de saúde.
O prefeito Alencar Marim salienta que, nos últimos 3 anos trabalhou muito pela redução desse índice, levando infraestrutura, principalmente ao bairro Colina, o maior Aglomerado Subnormal do município. “Nossa administração pavimentou e continua pavimentando várias ruas no bairro Colina, além de fazer muros de arrimo para proteger domicílios em condições precárias. Também temos trabalhado para um melhor atendimento na saúde, educação e segurança pública nestes bairros em que as pessoas vivem em situação mais precária”, disse.
Segundo o IBGE, as informações são especialmente importantes para estas áreas vulneráveis das cidades brasileiras. Nos Aglomerados Subnormais, residem, em geral, populações com condições socioeconômicas, de saneamento e de moradia mais precárias. Como agravante, muitos Aglomerados Subnormais possuem uma densidade de edificações extremamente elevada, o que pode facilitar a disseminação do Covid-19. Os resultados definitivos dos Aglomerados Subnormais serão divulgados após a realização da operação censitária, podendo sofrer ajustes.
Os Aglomerados Subnormais, segundo classificação adotada pelo IBGE, são formas de ocupação irregular de terrenos de propriedade alheia (públicos ou privados) para fins de habitação em áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão urbanístico irregular, carência de serviços públicos essenciais e localização em áreas que apresentam restrições à ocupação.
Na análise dos municípios que possuem entre 350 mil e 750 mil habitantes, quatro municípios capixabas estão entre os 10 municípios com as maiores proporções de domicílios ocupados em Aglomerados Subnormais em relação ao total de domicílios: Cariacica (1º – 61,07%), Serra (4º – 36,31%), Vitória (5º – 33,16%) e Vila Velha (6º – 29,98%).
Considerando a proporção de domicílios ocupados em Aglomerados Subnormais em relação ao total de domicílios ocupados, quando analisados os municípios que possuem entre 100 mil e 350 mil habitantes, Cachoeiro de Itapemirim estava em 6º lugar no ranking nacional, com 35,40%. Quando analisados os municípios que possuem entre 50 mil e 100 mil habitantes, Viana estava em 1º lugar no ranking nacional, com 68,93%. (Weber Andrade com informações do IBGE Regional Colatina)