A vitória do Bayern de Munique sobre o PSG pelo placar mínimo, na tarde deste domingo, 23, coroou a melhor campanha da Champions League e deu os alemães o sexto título na competição. O Bayern conquistou a Orelhuda em 11 jogos e 11 vitórias.
Melhores momentos
Quem ficou na pior foi o brasileiro Neymar, que era apontado como o jogador capaz de fazer a diferença, junto com Mbappe. Não deu. Neymar saiu de campo chorando, o corpo arqueado, as mãos sobre o rosto e os olhos cheios de lágrima.
A imagem do choro de Neymar após a derrota para o Bayern de Munique foi um retrato simbólico da frustração do craque brasileiro com o desfecho para o Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões, mas também em relação a tudo o que ele passou numa das temporadas mais marcantes de sua carreira, cujo futuro é constantemente motivo de especulações.
Depois do jogo, Neymar agradeceu o carinho dos fãs, parabenizou o Bayern e ressaltou que o PSG “lutou até o final”. E esse último episódio na temporada não foi fácil. Dados da Uefa apontam que o atacante teve apenas uma finalização no gol, contra duas para fora. Acertou 62% dos passes (20 de 32). Foi o jogador que mais sofreu faltas: seis no total. Cometeu três e levou um cartão amarelo.
Neymar terminou o seu terceiro ano pelo PSG com 27 jogos, 19 gols, 11 assistências e 2.385 minutos em campo. Contribuiu diretamente para 42% dos gols do time quando atuou (30 de 70), com uma participação a cada 79 minutos. No principal torneio, a Champions League, foram três gols e quatro assistências, em 585 minutos. Ele foi decisivo para 46% (sete de 15) dos gols quando jogou, um a cada 83,5 minutos.
Uma temporada marcante, desde o início. O retorno dele ao Barcelona chegou a estar encaminhado, em junho do ano passado. Ele se reapresentou em 15 de julho ainda em meio a especulações de sua saída. O clube catalão só desistiu da contratação em 31 de agosto, último dia da janela de transferências, após a contraproposta do PSG.
A recuperação da lesão no tornozelo direito, a negociação com o Barcelona e a consequente situação indefinida no clube francês fizeram com que o craque perdesse os cinco primeiros jogos do time na temporada. Pior, geraram a insatisfação da torcida, que protestou na abertura da Ligue 1. Depois, o vaiou na reestreia dele contra o Strasbourg e exibiu uma faixa contra o pai do brasileiro. (Weber Andrade com ge)