A assessoria de Imprensa da Câmara Municipal publicou matéria hoje, 24, repercutindo o que os sites vozdabarra.com.br e ocontestado.com já vinham denunciando há tempos: a situação precária dos cursos d’água que passam pelo perímetro urbano de Barra de São Francisco. No entanto, a Casa, ao repercutir a fala de vereadores de Oposição e Situação, alega que “embora o município conte com rádios, sites noticiosos e outros meios de comunicação, nenhuma campanha de conscientização ainda foi deflagrada para conter a triste situação”, culpando especificamente o Poder Executivo pela falta de campanhas.
No entanto, como observa um leitor dos nossos sites, até hoje a Câmara Municipal também nunca se pronunciou sobre o assunto ou fez alguma campanha de conscientização, embora haja vereadores que moram às margens do rio, como Wilson Pinto das Mercês, o Mulinha, Admilson Brum e Paulo Roberto dos Reis, o Paulinho do Hospital. “Na verdade, a Câmara Municipal tem recursos e muito mais flexibilidade para realizar campanhas educativas desse tipo, mas querem culpar o Poder Executivo, jogar a carga toda para cima do prefeito, quando poderiam estar trabalhando junto à comunidade ribeirinha buscando essa conscientização”, disse um morador da margem do rio São Francisco, na altura do Irmãos Fernandes.
A reportagem pelo menos reconhece que a situação dos rios não é nova. Vem de muitos anos e decorre, particularmente da falta de educação dos moradores em geral. “O problema tem alertado as autoridades para encontrarem soluções tanto no campo como na cidade, onde a falta de chuvas tem ocasionado rios sujos e fedorentos, acumulados pela falta de educação de moradores que ainda utilizam os rios como lixeiras.”
“O vereador Wilson Mulinha, que mora bem em frente ao rio São Francisco, lamentou que os rios Itaúnas e São Francisco, estejam em péssimas condições, sem oxigênio nas águas, levando a mortandade de peixes. Ele disse que a falta de conscientização de parte da população é muito grande no que diz respeito a atirar no rio, toda espécie de lixo. Segundo ele que reside próximo do rio São Francisco, recentemente dentro do leito do rio foi encontrado um cofre, demonstrando assim como este manancial hídrico vem sendo desrespeitado.”
Já os vereadores José Valdeci e Zilma Matos, abordaram de forma diferenciada o problema da falta de chuvas. O líder do Executivo na Câmara, disse que a água deveria servir ao homem com outra finalidade primordial que não fosse para limpeza. Lamentou que algumas pessoas não tenham a conscientização para preservar aquilo que foi deixado por Deus e usam as águas dos rios de forma inadequada.
Zilma Matos que está com um projeto de lei tramitando naquela Casa há dois anos, propondo instituir algumas regras a serem seguidas pelas populações ribeirinhas, defendeu que as pessoas iriam ter que andar alguns passos a mais, para depositarem o lixo, visto que os coletores próximos das margens dos rios, seriam realocados longe das margens dos mananciais.
Reportagem – Na semana que passou a nossa reportagem acompanhou o trabalho da Secretaria Municipal de Defesa Civil, que foi acionada pela Cesan por causa do fechamento da Barragem Everaldo Bianquini, no rio Itaúna, onde nenhum vereador compareceu (veja reportagem no link https://ocontestado.com/fechamento-parcial-da-barragem-causa-morte-de-milhares-de-peixes/). A ação provocou a retirada de algumas tábuas do “monge” e trouxe de volta a água ao leito do Itaúna, acabando com a mortandade de peixes.
Acompanhamos também o trabalho da Secretaria Municipal de Serviços, que fez a limpeza das margens dos rios e córregos, onde foi possível entrar com as máquinas. A ação no rio São Francisco, na altura do bairro Nossa Senhora da Penha, provocou a liberação da água que estava retida e também acabou com a mortandade de peixes no rio São Francisco. (Veja reportagem no link
(Weber Andrade com informações de Ascom/PMBSF)