Homenagear a família, acima de tudo! Nada mais “louvável” nesses tempos em que famílias empoderadas tomam conta do país. Assim é que o atual presidente da Casa, Juvenal Calixto Filho decidiu, e teve aprovação por unanimidade dos seus pares, denominar que a Câmara Municipal de Barra de São Francisco tenha o nome do pai dele, Juvenal Calixto Teixeira.
O projeto de Resolução, claro, poderia ser apresentado pelo presidente da Casa, mas diante do tiroteio que vem enfrentando pela sua gestão atual e pela gestão passada, nada mais conveniente do que usar outro colega que sofre o mesmo problema: ambos são acusados de abusar do uso de diárias para complementar o salário líquido de R$ 6 mil (R$ 4,8 mil líquidos) que recebem por mês.
Foi assim que, na sessão legislativa ocorrida na última segunda-feira, 20, um desses projetos (Projeto de Resolução 004/19) mereceu destaque quanto ao parecer favorável e denomina o prédio da Câmara Municipal de “Sede Legislativa Juvenal Calixto Teixeira”, sendo aprovado por unanimidade pelos parlamentares presentes naquela sessão.
“A denominação dada à sede do Poder Legislativo Municipal, é uma homenagem a um homem público que muito contribuiu para o desenvolvimento de Barra de São Francisco e de Água Doce do Norte principalmente quando esta última localidade, ainda pertencia ao território do município francisquense. Juvenal Calixto Teixeira exerceu os cargos de vereador e de vice prefeito, chegando a comandar a Prefeitura Municipal francisquense na década de 60. A justa homenagem, emocionou o atual presidente do Legislativo, e filho do homenageado que herdou o nome do pai, Juvenal Calixto”, descreve o site da Câmara Municipal.
Quem foi Juvenal Calixto Teixeira – Talvez o próprio, se vivo fosse, ficasse um tanto envergonhado com a manobra para colocar seu nome nos anais da história. Como descreve o matéria publicaa no site da Casa, ele nasceu na mineira cidade de Aimorés (MG), na localidade de Penha do Capim, aos 17 de fevereiro de 1925 e “não era apenas um grande homem em sua estatura, mas também pelos seus atos praticados”. Filho do casal Roldão Furtado da Silva e de Mariana de Jesus Calixto, veio para a região noroeste do Espírito Santo, casou-se em 20 de setembro de 1956, com Ormy Soares de Souza com quem teve oito filhos, vindo inicialmente a se estabelecer na localidade de Santo Agostinho, pertencente ao então distrito francisquense de Água Doce do Norte.
O site da Câmara resalta que, candidato a vereador pelo PSD, Juvenal Calixto Teixeira obteve 352 votos na eleição de 1962, diplomado naquele mesmo ano pela 23ª Zona Eleitoral, exercendo o cargo parlamentar de 31 de janeiro de 1963 a 31 de janeiro de 1967. Como vereador, foi autor de diversos serviços e obras (salientamos aqui que, desde aquela época, vereadores eram eleitos para fiscalizar e legislar e não para fazer serviços e obras) para as comunidades de Santo Onofre, Santo Agostinho e Córrego Azul, localidades pertencentes ao então distrito de Água Doce do Norte.
No Legislativo francisquense, foi levado a assumir o cargo de presidente, assinando inicialmente a Lei 006/65 onde decretava a concessão de diversos títulos de cidadania entre outros.
Quem foi Joaquim Alves de Souza – Juvenal Calixto Teixeira, por certo terá sido um homem importante na história francisquense, até porque chegou a assumir o cargo de prefeito do município em substituição ao titular da época, Joaquim Alves de Souza, que dá nome ao estádio municipal e foi duas vezes prefeito da cidade, mas foi prefeito por dois mandatos. O site da Câmara Municipal ressalta que o pai do atual presidente do Legislativo substituiu o prefeito porque, em 1970, o então presidente da Câmara Municipal, vereador Hugo de Vargas Fortes, comunicava ao então vice prefeito Juvenal, exatamente no dia 30 de maio daquele ano, que ele deveria comparecer a uma reunião legislativa onde deveria tomar posse como prefeito, por força do titular Joaquim Alves, se encontrar à disposição do Juizado de Direito da Vara Criminal de Vila Velha, devido sua prisão preventiva decretada. (Weber Andrade com Ascom/CMBSF)