O valor do conjunto de alimentos essenciais aumentou 5,29% em Barra de São Francisco, de janeiro até novembro deste ano. Produtos como a farinha de trigo (30,93%), tomate (23,05%) e o leite (20,23%) alimentaram a inflação da cesta básica em 2018. Mas não foram só eles, dos 13 itens da cesta básica estipulada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apenas três tiveram redução de preços. A batata (-7,29%), o pão (-3,87%) e a manteiga (-1,01%). O óleo de soja manteve o preço médio inalterado nestes 11 meses. (veja tabela no final da matéria).
Em janeiro deste ano o valor total da cesta básica – que leva em conta as quantidades estipuladas dos 13 alimentos para uma família de quatro pessoas – ficou em R$ 351,34, enquanto que, no mês passado, este valor subiu para R$ 369,93 (+5,29%). Em Barra de São Francisco a pesquisa é feita com exclusividade por O Contestado – Gráfica e Editora para os sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br.
No mesmo período a cesta básica teve redução de 2,06% em Vitória. Na capital capixaba a cesta básica custava R$ 417,73 em janeiro, contra 408,55 em novembro deste ano. Na comparação com Barra de São Francisco, a cesta básica da capital está 10,44% mais cara. Em janeiro deste ano, essa diferença era de 16,28%.
Brasil – Pelo segundo mês consecutivo, houve aumento no preço do conjunto de alimentos essenciais em 16 das 18 cidades onde o Dieese realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas foram registradas em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%). As retrações aconteceram em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).
A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21).
Em 12 meses, os preços médios da cesta aumentaram em todas as cidades. As taxas oscilaram entre 1,22%, em Natal, e 15,50%, em Campo Grande. Em 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%).
Salário mínimo deveria ser de R$ 3.959,98
Com base na cesta mais cara, que, em novembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que em novembro deste ano o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.959,98, ou 4,15 vezes o salário mínimo nacional, de R$ 954,00. Em outubro, tinha sido estimado em R$ 3.783,39, ou 3,97 vezes o piso mínimo do país. Em novembro de 2017, o mínimo necessário era equivalente a R$ 3.731,39, ou 3,98 vezes o salário mínimo nacional daquele ano, correspondente a R$ 937,00.
Em novembro de 2018, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 91 horas e 13 minutos. Em outubro de 2018, ficou em 88 horas e 30 minutos, e, em novembro de 2017, em 85 horas e 58 minutos.
Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 45,07% do salário mínimo líquido para adquirir os mesmos produtos que, em outubro, demandavam 43,73% e, em novembro de 2017, 42,47%. (Weber Andrade com informações do Dieese)
CESTA BÁSICA NOVEMBRO 2018
Fonte: O Contestado/Voz da Barra/Dieese