De acordo com o boletim enviado à Vigilância Epidemiológica, semanalmente pela regional, que fica em São Mateus, de janeiro até a primeira semana de setembro deste ano Barra de São Francisco registrou 299 acidentes envolvendo escorpiões – sem mortes, liderando 20% dos casos na região norte do Estado. A cidade também atende registros de picada do peçonhento em moradores que residem no entorno do município.
Buscando formas de reduzir o avanço dos incidentes, Agentes da Vigilância Sanitária municipal participaram de uma capacitação teórica em Rio Bananal no mês de julho e, nesta quinta-feira, 9, Barra de São Francisco sediou a parte prática da capacitação, compartilhada com agentes dos municípios de Vila Pavão, Ecoporanga e Água Doce do Norte.
A Vigilância informou que a espécie de escorpião mais encontrada em Barra de São Francisco é a Tityus Serrulatus (escorpião amarelo), e que a aplicação de inseticida não os elimina, mas piora o problema porque provoca o descolamento dos mesmos.
“Não tem como eliminá-los. A saída é controlar o avanço. E a população tem um papel primordial nesse controle, que é combatendo o empilhamento de coisas, como telhas e madeiras, por exemplo. Esses ambientes por se manterem úmidos são favoráveis ao aparecimento dos escorpiões”, informou a Coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, Patricia Moura.
Já que a eliminação total dos escorpiões não é possível, para diminuir os riscos de acidentes, a regional está capacitando os agentes de endemias dos municípios para realizar o trabalho de remoção.
“O ideal é capturá-los e colocá-los em um recipiente com álcool. Dessa forma eles serão eliminados, ou seja, irão morrer. E é por esse motivo que estamos aqui hoje; vamos transmitir aos agentes de endemias a forma segura de se fazer a captura”, explicou a equipe da regional.
O grupo responsável pela capacitação é composto por quatro profissionais, sendo eles: Alessandro (Referência Técnica de Zoonoses), Rafaela (Enfermeira – Residente em Saúde Coletiva), Rafael (Biólogo – Residente em Saúde Coletiva), e Delcio (Técnico em Endemias). (Da Redação com Secom/PMBSF)