Por Weber Andrade*
Tenho por costume observar os transeuntes pelo centro de Barra de São Francisco, diariamente, nas minhas saídas em busca de uma ou outra notícia, ida ao supermercado, ao boteco no fim de tarde…
Muitas das pessoas que transitam pelo centro de Barra de São Francisco tem trajetos conhecidos, gostam de andar à pé, como o chaveiro Oziel Coelho, que agora perdeu o atalho no antigo Posto Ocaxet, para fazer o trajeto da loja, na avenida Prefeito Manoel Vilá até a morada, na rua Prefeito Manoel Gonçalves, já em frente ao antigo Colégio Independência. Passa ainda, antes de adentrar o lar, doce, lar, pela rua Juiz Thaurion Pimentel, chega na Jones dos Santos e sobe a Gumercindo Farias.
Mas, o que estava me intrigando, já há alguns meses, era o paradeiro do policial aposentado, professor e empresário Jorge Angelico Nolasco, o popular senhor Jorge. Próximo de completar um século de vida, gozando de boa saúde e excelente memória, o senhor Jorge era figura fácil no centro da cidade e muitos conheciam seus horários.
Pela manhã podia ser visto na porta da Igreja Maranata, ali perto do Fórum, varrendo a rua, cuidando dos jardins da igreja…Outra hora, fazia o mesmo na porta de casa, lá pelos lados da rua Astrogildo Romão dos Anjos, perto do Salão do Nenzo.
Por volta de 9h, 10h, ele geralmente aparecia na papelaria, na avenida Prefeito Manoel Vilá, onde costumava permanecer até a hora do almoço, dando oportunidade para aqueles que gostam de trocar uma prosa.
Jorge Nolasco também era freguês permanente da feira livre. Toda quarta e todo sábado, bem cedinho, ele botava a sacola de alça embaixo do braço e ia às compras, chinelo de dedo, calça e camisa sociais, o retrato da simplicidade.
Porém, como eu disse lá no início, há meses o senhor Jorge Nolasco não dá as caras nas ruas de Barra de São Francisco. Curioso, já passei algumas vezes na porta da papelaria, na porta da casa, mas nada do senhor Jorge.
Hoje, 8 de dezembro, não me contive. Entrei na papelaria e perguntei pra moça do balcão:
– Então, onde anda o senhor Jorge?
– Em casa, desde que começou essa pandemia do Covid-19 ela não sai mais de casa, mas está bem. Quietinho dentro de casa!
Pelo jeito, o senhor Jorge vai chegar aos 100 e viver muitos e muitos anos ainda…
*Editor de Conteúdo dos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br
Adorei, Weber!
Conte mais!
Que Deus o livre de todos os males, que passe dos cem com muita saúde, ñ o conheço, más, pelo histórico apresentado deve ser gente da melhor qualidade.
Senhor Jorge é uma pessoa especial, culto, boa prosa, um exemplo de vida…