A Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE) do Espírito Santo recebe, em média, quatro denúncias de golpes de clonagem de aplicativos de mensagens por semana. Em caso de suspeita de clonagem, a orientação é que a polícia seja procurada para que o caso seja investigado.
De acordo com o delegado, quando a pessoa está com o aplicativo de mensagens clonado, um golpista passa a ter acesso as mensagens que são enviadas e recebidas, toda sua lista de contatos e também as mídias, como fotos e vídeos.
A partir desse acesso, a vítima fica vulnerável a várias práticas de crimes, como a extorsão, para que os dados dela não sejam divulgados. Ainda é possível que o golpista entre em contato com um contato da lista e peça um depósito emergencial.
“O aplicativo é amplamente usado para diversos fins. A gente tem que evitar esse tipo de golpe e caso aconteça, minimizar os efeitos”, explica Brunno Andrade.
Cuidados
Para minimizar o efeito dessa clonagem, o delegado dá um alerta para vítimas que receberem o pedido de dinheiro de um conhecido pelo aplicativo. O primeiro ponto, segundo ele, é questionar a intimidade que tem com a pessoa para que ela faça um pedido como esse.
“O certo é ligar para a pessoa. O golpista sempre vai ter uma desculpa para que não fale com ele. Verifique a conta de depósito que ele passa. Vai ser a conta de uma pessoa estranha. Solicite um apelido ou algum fato que só vocês dois saibam. Isso evita o golpe, porque o golpista não vai saber responder”, esclarece Brunno.
Em alguns casos, o delegado afirma que os golpistas agem com ajuda de funcionários de operadoras que desabilitam o chip do usuário e habilitam novamente em outro aparelho.
Para evitar ou dificultar a clonagem, o delegado orienta que o usuário habilite a verificação em duas etapas, no aplicativo. “Sempre que habilitar o aplicativo em um novo aparelho, vai ser necessário uma chave que só chega no aparelho original. Isso dificulta muito a ação de criminosos”, conta. (G1 e agências internacionais)
Como proceder
Caso verifique uma atividade suspeita na sua conta de mensagens, o delegado orienta que a delegacia deve ser procurada. Além da polícia, a operadora e a empresa Whatsapp também devem ser acionadas para que o problema seja relatado.
Como nesses casos é necessário acionar as empresas para que elas respondam na investigação, Brunno diz que foge do controle da polícia o tempo que será gasto para resolver o caso. Outro fator que agrava é que as quadrilhas de clonagem de celular, em sua maioria, são de fora do estado.
Onde procurar
Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos
Endereço: Avenida Marechal Campos, 1246, Bonfim, Vitória
Telefone: (27) 3137-2607