Mesmo em com os holofotes devidamente voltados à prevenção e contenção do avanço do novo coronavírus, é importante que a população não se esqueça que a dengue continua fazendo vítimas no Espírito Santo. Na última sexta-feira, 27, o prefeito de Barra de São Francisco, Alencar Marim, gravou vídeo alertando para a questão da prevenção contra o coronavírus, mas salientou a importância de a população se manter alerta contra a dengue. “Estamos chegando no período em que a proliferação do mosquito transmissor aumenta e os cuidados devem ser constantes”, aconselhou.
Até este sábado, 29, foram notificados 21.609 casos suspeitos de dengue no Espírito Santo com incidência de 537,72 casos por 100 mil habitantes desde o final de dezembro do ano passado. Ecoporanga, com 1.793,0 casos suspeitos e Boa Esperança, continuam liderando o ranking. Veja a situação na região noroeste capixaba:
Pancas (17,3) Barra de São Francisco (49,3), Água Doce do Norte (54,5) e Vila Pavão (86,9) estão na faixa de incidência baixa, ou seja, com menos de 100 casos suspeitos por 100 mil habitantes.
Mantenópolis (149,8) e Nova Venécia (161,9) estão com incidência média, ou seja, com mais de 100 e menos de 300 casos suspeitos por 100 mil habitantes.
Já o município de Ecoporanga (1.793,0) está liderando o ranking estadual, seguido por Boa Esperança (1.024,1), São Gabriel da Palha (461,2) e Colatina (421,2)
Veja aqui o 12º boletim da dengue.
Mas não é só a dengue que preocupa. É preciso atenção também com a chikungunya. Foram notificados, até o momento, 6.406 casos da doença no Espírito Santo. São 6.039 notificações a mais do que as registradas no mesmo período do ano passado (367).
Por isso, é fundamental não descuidar do combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e da febre amarela urbana. O mosquito põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água. Ele pode procurar ainda criadouros naturais, como bromélias, bambus e buracos em árvores.
Para evitar a proliferação do mosquito, basta adotar algumas medidas simples, como:
– Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
– Tirar água dos pratos de plantas;
– Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
– Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
– Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;
– Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.
(Weber Andrade com Secom/ES)