O ano passado registrou um grande número de suicídios tentados e consumados em Barra de São Francisco e seu entorno. Em pleno Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização da sociedade quanto aos sintomas que levam ao suicídio e as formas de ajudar as pessoas com depressão, foram registrados suicídios na região.
Este ano, nem bem acabou o segundo mês e já foram registrados dois suicídios – um em Barra de São Francisco e outro em Mantena (MG). Ambos de jovens rapazes que, aparentemente, não tinham motivos para se suicidar.
Ainda na semana passada, uma estudante chegou a publicar uma mensagem para a família e amigos, nas redes sociais, dizendo que queria acabar com a própria vida. Ela chegou a desaparecer da escola, mas, felizmente foi localizada pelos familiares antes que acontecesse uma tragédia.
Além da depressão visível, que vem tomando conta da população mundial, a medicina encontrou uma outra forma de depressão, que pode estar atacando os jovens da região. Chamada clinicamente de depressão atípica, ela é difícil de identificar exatamente porque os sintomas estão frequentemente mascarados por falsas demonstrações de felicidade.
Costumamos pensar que um sorriso é indicativo de felicidade, certo? Há pessoas, entretanto, que são capazes de sorrir, viver momentos alegres e, ainda assim, nutrir sentimentos suicidas.
São aquelas afetadas pelo que se conhece popularmente como “depressão sorridente” – o termo clínico, na verdade, é depressão atípica, como explica Olivia Remes, especialista em ansiedade e depressão da Universidade de Cambridge em um artigo no portal “The Conversation”.
Remes explica que é difícil identificar aqueles que sofrem da doença exatamente porque os sintomas são frequentemente mascarados por falsas demonstrações de felicidade e porque, muitas vezes, são pessoas sem motivo aparente para estarem deprimidas: têm um trabalho, uma casa, amigos e até cônjuge e filhos.
Alguns dos sintomas, contudo, podem nos ajudar a detectar quando alguém – ou nós mesmos – está deprimido, ainda que dê mostras pontuais de felicidade.
A dificuldade de se perceber que uma pessoa que aparentemente se encontra bem está com depressão faz desta modalidade da doença mais perigosa que as outras, ressalta Remes em seu artigo.
Mas há outros fatores que agravam esses casos, ela acrescenta. De um lado, aquele que sofre da doença atípica demora mais a procurar tratamento por não conseguir identificá-la.
De outro, essas mesmas pessoas costumam ter dificuldade para reconhecer emoções. Assim, trabalhar a partir de um ponto de vista psicológico com elas é mais difícil.
Além disso, a capacidade daqueles que sofrem deste tipo de depressão de continuar realizando suas atividades pode ser contraproducente. Remes é clara nesse sentido em seu artigo.
“A força que elas têm para seguir com a vida diária pode deixá-las especialmente vulneráveis a levar a cabo pensamentos suicidas. Isso contrasta com outras formas de depressão, nas quais as pessoas podem ter pensamentos suicidas, mas não energia suficiente para levá-los adiante.”
O tratamento geralmente envolve a prescrição de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.
Remes acrescenta, ainda, a realização regular de exercícios físicos e a prática da meditação, que, segundo ela, têm trazido bons resultados na prática clínica.
Os sintomas variam de uma pessoa para outra, mas alguns são chave:
Uma melhora temporária do estado de ânimo – provocada, por exemplo, pela chegada de boas notícias, da mensagem de um amigo ou elogio do chefe – seguida de uma recaída;
Aumento do apetite e ganho de peso;
Dormir por longas horas e, ainda assim, sentir sono durante o dia (enquanto outros tipos de depressão fazem as pessoas dormirem menos);
Sensação de torpor e peso nos braços e nas pernas em vários momentos durante o dia;
Maior sensibilidade a críticas e rejeição, que pode afetar as relações pessoas e de trabalho.
(Weber Andrade com G1 Ciência e Saúde)
Muito bom os relatos desse texto serve de auta ajuda tenho convivido com isso e é um assunto muito complicado que tem que levar a sério e muitos cuidados umas das doenças mais traissoeira que já pude lidar com algumas pessoas do meu convívio temos que levar essa doença muito a sério porque não é fácil pra conviver com essa doença,Porque muitos das vezes as pessoas em volta não Leva a serio pensa que Mimi ou frescura mas não é; é tudo muito sério…?????