Atualmente no Everton-ING, o atacante Richarlison é embaixador do Nova Venécia Futebol Clube, equipe de sua cidade-natal, fundada no ano passado, presidida por seu pai, Antônio Marcos de Andrade, e que nesta quinta-feira estreia na Copa do Brasil, diante do Ferroviário-CE, no estádio Zenor Pedrosa.
Empolgado com o momento do Nova Venécia, Richarlison brinca até sobre encerrar a carreira no clube e jogar diante de casa cheia na sua cidade. O jogador de 24 anos só lamenta uma coisa: não poderá ver com calma a partida da Copa do Brasil, pois o Everton joga um pouco depois pela Copa da Inglaterra.
– Não vou conseguir ver o jogo inteiro. Mas, mesmo assim, vou ficar na torcida e mandar toda energia positiva para o pessoal conseguir essa classificação, que seria uma coisa histórica pro time e pra minha cidade também – disse ele ao GLOBO, em entrevista por e-mail.
Confira as outras respostas:
O GLOBO: Como você vê esse momento do Nova Venécia, estreando em uma Copa do Brasil e dividindo a liderança do Capixaba? Os resultados são até melhores do que imaginados para agora?
Richarlison: O pessoal brinca lá em Nova Venécia que o time tem mais títulos que derrotas até agora. É um projeto novo ainda, está se estruturando, mas ao mesmo tempo o pessoal vem fazendo um trabalho muito bom dentro e fora de campo. Acho que isso reflete nos resultados que tem conquistado e espero que continue nessa crescente, sempre com os pés no chão e buscando evoluir a cada dia.
Como funciona sua participação no clube? Existe alguma ajuda financeira, intermedia algum patrocínio?
Eu participo das ações de marketing com patrocinadores e emprestei minhas redes sociais para o clube divulgar o que for importante para o trabalho. Eu também sempre posto alguma coisa relacionada aos jogos, às conquistas. Estou sempre à disposição deles para alavancar esse projeto ainda mais. Sou torcedor mesmo, quando o horário não bate com os dos meus jogos aqui, sempre assisto e participo.
Pensa em no futuro se tornar proprietário, talvez num modelo de SAF? Como aconteceu com o Ronaldo, no Cruzeiro.
Não sei. As coisas estão indo bem do jeito que estão, mas no futuro a gente pode conversar, se for o caso (risos). A ideia do Nova Venécia é ser sustentável, não depender de ajuda externa e se manter com o dinheiro de patrocínios, ações de marketing e também com as premiações. Tudo tem sido feito com muita seriedade e, mesmo que não seja pela SAF, sempre vou ajudar o time e contribuir do jeito que der.
Você ainda tem uma longa carreira pela frente. Mas daqui a muitos anos, perto da aposentadoria, cogita encerrar a carreira no Nova Venécia?
Seria perfeito encerrar por lá, na minha cidade, onde tudo começou pra mim. Quem sabe? Falta muito ainda, a gente nunca sabe como será o caminho até lá, mas jogar no Zenorzão lotado seria fantástico.
Oglobo