Apesar da taxa de desemprego medida no Espírito Santo pela Pesquisa Nacional de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, ter recuado 1,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao primeiro, o número de desalentados – aquelas pessoas que estão há mais de dois anos sem trabalhar e desistiram de procurar emprego, continua alta: São 33 mil, dos 239 mil desempregados apontados pela Pnad.
A taxa de desocupação é de 10,9% neste segundo trimestre, contra 12,1% no primeiro trimestre do ano .De acordo com o IBGE, 3,24 milhões de pessoas estão aptas a trabalharem no Espírito Santo, ou seja, têm mais de 14 anos. Dessas, 2,187 milhões de pessoas estão na força de trabalho (trabalhando ou procurando emprego).
Outras 1,054 milhão estão fora da força de trabalho, sendo 78 mil com potencial para trabalhar. Nesse dado, 33 mil pessoas estão desalentadas: desistiram ou não procuram emprego.
O Espírito Santo registrou, segundo a Pnad, aumento de 69 mil pessoas empregadas no segundo trimestre de 2019. No entanto, 239 mil pessoas ainda estão desempregadas no estado.
Já a população ocupada foi estimada em 1,947 milhões de pessoas. São 69 mil a mais que no trimestre anterior e 107 mil a mais que no segundo trimestre de 2018.
No Espírito Santo, o rendimento médio dos trabalhadores no segundo trimestre deste ano foi de R$ 2.111 e não apresentou variação significativa do trimestre anterior (R$ 2.197) ou do mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.109).
Brasil – Os dados divulgados nesta quinta-feira, 15, pelo IBGE, mostram que 3,347 milhões de desempregados procuram emprego há pelo menos 2 anos. Esse universo representa 26,2% (cerca de 1 em cada 4) dos desempregados no país no segundo trimestre.
Segundo o IBGE, esses números são os maiores para um trimestre desde 2012. No primeiro trimestre, eram 3,319 milhões de brasileiros nessa situação, que representavam 24,8% do total.
Em um ano, houve acréscimo de 196 mil pessoas (alta de 6,2%) que estão à procura de emprego há dois anos ou mais.
“Esse total era de 1,435 milhão de pessoas em 2015, um indicador com tendência de crescimento em função da dificuldade da inserção no mercado de trabalho a partir do início da crise econômica, em finais de 2014”, destacou o IBGE. (Weber Andrade com G1 Espírito Santo, IBGE e Agência Brasil)