A queda nas atividades das indústrias extrativistas, de transformação e de fabricação de produtos alimentícios levaram o Espírito Santo ao topo do ranking negativo de desempenho este ano, segundo os dados divulgados ontem, 8, pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, do IBGE. Somente no mês de maio, na comparação com abril, o Estado amargou uma queda de 7,8% no desempenho da indústria em geral. Dos 15 Estados pesquisados, somente 3 – Espírito Santo, Ceará (-0,8) e Pará (-0,8%) tiveram desempenho negativo. (Veja tabela nacional no final do texto)
Na comparação de maio deste ano com maio do ano passado, a situação é bem mais preocupante. O Estado registrou queda de 31,7% no desempenho industrial, nesse período. As indústrias extrativa (-30,9%), de transformação (-32,25) e fabricação de produtos alimentícios (-36,2%) foram as que mais involuiram.
Se levarmos em conta o desempenho industrial deste ano (janeiro a maio) em relação ao mesmo período do ano passado, o desempenho da indústria capixaba sofreu retração de 18,5%. O percentual é um pouco menor no período de um ano, ou seja, de maio do 2019 a maio deste ano, -18%.
Brasil – Em maio de 2020, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Paraná (24,1%), em Pernambuco (20,5%) e no Amazonas (17,3%). Na região Nordeste (12,7%) e nos estados do Rio Grande do Sul (13,3%), São Paulo (10,6%) e Bahia (7,6%) também houve crescimento acima da média nacional (7,0%). O Espírito Santo (-7,8%) apontou o recuo mais elevado. As demais taxas negativas ficaram por conta do Ceará (-0,8%)e do Pará (-0,8%). As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.
No crescimento de 7,0% da atividade industrial nacional na passagem de abril para maio de 2020, na série livre de influências sazonais, 12 dos 15 locais pesquisados alcançaram taxas positivas. O comportamento reflete, principalmente, o retorno à produção (mesmo que parcialmente) de unidades produtivas, após as interrupções geradas por efeito da pandemia de Covid-19.
Paraná (24,1%) e Pernambuco (20,5%) tiveram o crescimento mais acentuado, após acumularem recuos de 31,8% e 25,4% (respectivamente) nos meses de março e abril, seguidos pelo Amazonas (17,3%), que interrompeu três meses de taxas negativas consecutivas em que acumulou redução de 53,4%. Rio Grande do Sul (13,3%), região Nordeste (12,7%), São Paulo (10,6%) e Bahia (7,6%) também mostraram avanços mais intensos do que a média nacional (7,0%). Já Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (5,4%), Rio de Janeiro (5,2%), Mato Grosso (4,4%) e Goiás (3,0%) completaram o conjunto de locais com índices positivos, mas ficaram abaixo da média nacional.
Por outro lado, Espírito Santo (-7,8%) apontou o recuo mais elevado em maio de 2020, terceiro mês seguido de queda na produção, com perda de 30,9% nesse período. Ceará e Pará, ambos com redução de 0,8%, também registraram taxas negativas nesse mês
O índice de média móvel trimestral mostrou queda de 8,0% no trimestre encerrado em maio de 2020 frente ao nível do mês anterior, após recuar 8,8% em abril último, mantendo, dessa forma, a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019. Dado o cenário de pandemia, as reduções de abril e de maio foram as mais acentuadas desde o início da série histórica.
Quatorze dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas em maio, com destaque para o Ceará (-21,0%), o Amazonas (-18,5%), o Rio Grande do Sul (-11,6%), o Espírito Santo (-11,5%), a Região Nordeste (-10,6%), Santa Catarina (-10,2%), a Bahia (-8,6%) e São Paulo (-7,3%). Por outro lado, Goiás, com expansão de 0,8%, mostrou o único resultado positivo nesse mês.
O acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar redução de 5,4% em maio de 2020, marcou o recuo mais elevado desde dezembro de 2016 (-6,4%) e permaneceu com o aumento na intensidade de perda frente aos resultados dos meses anteriores. Doze dos 15 locais pesquisados assinalaram taxas negativas nesta comparação, mas 15 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril. Ceará (de -3,1% para -7,9%), Amazonas (de 0,5% para -3,8%), Santa Catarina (de -2,6% para -6,6%), Rio Grande do Sul (de -3,7% para -7,7%), Paraná (de 1,7% para -2,0%), São Paulo (de -2,5% para -5,6%), Bahia (de -2,5% para -5,1%), Região Nordeste (de -3,5% para -5,9%), Pernambuco (de -2,5% para -4,5%) e Rio de Janeiro (de 5,1% para 3,9%) mostraram as principais perdas. (Weber Andrade com Agência IBGE)
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Maio de 2020 |
||||
Locais | Variação (%) | |||
Maio 2020/ Abril 2020* |
Maio 2020/ Maio 2019 |
Acumulado Janeiro-Maio |
Acumulado nos Últimos 12 Meses |
|
Amazonas | 17,3 | -47,3 | -20,7 | -3,8 |
Pará | -0,8 | -13,0 | 0,9 | 1,3 |
Região Nordeste | 12,7 | -23,2 | -8,8 | -5,9 |
Ceará | -0,8 | -50,8 | -21,8 | -7,9 |
Pernambuco | 20,5 | -13,5 | -4,7 | -4,5 |
Bahia | 7,6 | -20,7 | -5,9 | -5,1 |
Minas Gerais | 6,3 | -15,1 | -12,1 | -9,1 |
Espírito Santo | -7,8 | -31,7 | -18,5 | -18,0 |
Rio de Janeiro | 5,2 | -9,1 | 2,8 | 3,9 |
São Paulo | 10,6 | -23,4 | -13,6 | -5,6 |
Paraná | 24,1 | -18,1 | -8,9 | -2,0 |
Santa Catarina | 5,4 | -28,6 | -15,4 | -6,6 |
Rio Grande do Sul | 13,3 | -27,3 | -16,6 | -7,7 |
Mato Grosso | 4,4 | -3,4 | -3,8 | -4,2 |
Goiás | 3,0 | 1,5 | -0,3 | 1,5 |
Brasil | 7,0 | -21,9 | -11,2 | -5,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria * Série com Ajuste Sazonal |