A estudante Déborah Theófilo Guerra, do 5º ano da Escola Municipal Vicente Amaro da Silva, no bairro Campo Novo, ganhou em 2º lugar no Estado, no gênero Poesia no Combate à Erradicação do Trabalho Infantil, no Concurso Ministério Público do Trabalho (MPT) na Escola.
A cerimônia, a nível de Estado, aconteceu nesta quinta-feira, 28, na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), na capital.
“Registramos aqui os nossos mais sinceros parabéns à Déborah Theófilo Guerra, à professora Laylla Rodrigues Silva, à Escola Vicente Amaro da Silva, e a todos que compõem o quadro de profissionais da nossa Secretaria Municipal de Educação”, disse a secretária Delma Ker.
Veja mais abaixo o poema
Segundo dados da Prova Brasil 2017, avaliação censitária aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) e que ocorre a cada dois anos em escolas públicas, no Espírito Santo, 9.178 crianças e adolescentes declararam estudar e trabalhar fora de casa. Os municípios em que esses dados mais chamam a atenção são: Serra, com 1,1 mil; Cariacica, com 952; e Vila Velha, com 723.
Para erradicar o trabalho infantil e conscientizar a sociedade sobre esse tema, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) irá promoveu, nesta quinta-feira, no auditório Manoel Vereza de Oliveira, localizado no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) da Ufes, campus Goiabeiras a entregado prêmio MPT na Escola para os estudantes que produziram trabalhos com o tema “Erradicação do Trabalho Infantil”
Foram inscritas 51 produções artísticas e culturais divididas nas categorias: conto, poesia, desenho, música, curta-metragem e esquete teatral. Ao todo, participam 21 mil estudantes de 108 escolas presentes em 13 municípios capixabas.
Este ano, o município de Barra de São Francisco participou do Programa Erradicação do Trabalho Infantil, MPT na Escola com projetos desenvolvidos quatro escolas do município (EM João Bastos, EM Vicente Amaro da Silva, EM José Francisco da Fonseca e EM Sebastião Albano), com um total de 292 participantes, envolvendo alunos do 5º ao 8º anos em seis categorias: Conto; Curta- metragem; Desenho; Esquete Teatral; Música; e Poesia.
A Escola João Bastos, com um Curta-Metragem dos alunos do 8º ano, orientados pela professora de Arte Flávia Lemos Batista Preciozo foi classificada entre as 13 finalistas do prêmio que estarão sendo homenageadas no dia 28.
A Escola Vicente Amaro da Silva também foi classificada na categoria Poesia, com a aluna Maria Yasmon Alberto Alves, orientada pela professora Iza Verônica de Souza Vitoriano e na categoria Conto, com a aluna Deborah Theófilo Guerra Moreira, orientada pela professora Layla Rodrigues.
Na manhã do último dia 21 de novembro, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec) homenageou os alunos, professores, diretores e coordenadores do projeto que foram classificados na Etapa Municipal na sede da Secretaria, valorizando e incentivando o trabalho desenvolvido nas escolas.
No Brasil, aproximadamente 479,9 mil crianças e adolescentes estudam e trabalham. Esse número pode ser ainda maior, pois a pesquisa é referente a crianças e adolescentes regularmente matriculadas em escolas públicas e concluintes do fundamental 1 (quinto ano) e 2 (nono ano).
“O trabalho precoce, ainda que conjugado com os estudos, provoca graves prejuízos na fase adulta. Quanto mais prematura for a entrada no mercado de trabalho, mais baixa será a renda contraída no decorrer da vida adulta”, aponta o procurador do Ministério Público do Trabalho e titular regional da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância), Marcos Mauro Rodrigues Buzato. “O trabalho infantil é um problema social complexo e, portanto, passa por uma série de distintas temáticas que devem ser enfrentadas, dentre as quais os mitos que cercam a questão”, reflete.
Conscientização – Segundo o procurador, é urgente o despertar da sociedade para a elaboração de um plano efetivo de enfrentamento e combate ao trabalho infantil e essa estratégia deve passar principalmente no campo da conscientização, uma vez que pairam diversos mitos quando o assunto é erradicação do trabalho infantil. “É essencial informarmos as pessoas quanto aos prejuízos não só educacionais, mas também físicos e psicológicos relacionados ao trabalho precoce”, diz. “Nesse sentido, o projeto MPT na Escola é importantíssimo, uma vez que busca conscientizar e informar os profissionais da Educação quanto ao tema, sensibilizando também a comunidade escolar”, conclui. (Weber Andrade com MPT e Semec)