O ex-vereador Carlos Rubens da Silva, o popular Carlim da Dengue, que por muitos anos trabalhou como agente de combate a endemias, não tem poupado críticas ao atual coordenador dos agentes, Gelder Daniel da Silva, que na opinião dele não tem capacidade de liderança e nem um bom relacionamento com os agentes, o que estaria prejudicando o trabalho de combate o aedes aegyti na cidade.
Parte das críticas do ex-vereador e ex-agente foram constatadas pela reportagem dos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br na manhã da última segunda-feira, 3, quando procuramos o coordenador para fazermos reportagem e oferecermos sugestões.
Silva, que estava em reunião com os agentes, agiu de forma totalmente descontrolada, nos acusando de estar prejudicando o trabalho dos agentes e tentando proibir que fotografássemos a reunião.
O motivo das agressões verbais dirigidas a nós, diante de cerca de 20 agentes, foi porque criticamos, no grupo de whatsapp, a sugestão de contratação de mais agentes de combate a endemias, visto que o município tem agentes em número bem superior ao recomendado pelo Ministério da Saúde (MS) para cobrir a população local.
Informações – Em municípios como Governador Valadares (MG) e Água Doce do Norte, o setor de combate a Endemias mantém a população e os órgãos de comunicação informados sobre o número de casos positivos, possíveis vítimas fatais e, o mais importante, as ruas e bairros onde estão acontecendo o maior número de casos, o que permite à população se ajudar e cobrar dos vizinhos, atitudes responsáveis no combate à dengue.
Em Governador Valadares, por exemplo, apesar da situação, quase todos os anos, evoluir para surto, o setor adotou uma estratégia que ajuda as pessoas a evitarem bairros ou ruas com alta incidência de dengue, afixando nos postes de distribuição de energia, uma bandeira vermelha, com o aviso: Nesta rua foram encontrados focos do mosquito.
Tal informação, como pudemos constatar junto aos agentes daquele município mineiro permite que as pessoas de um bairro ou de uma rua se previnam e evitem o local em horários propícios ao ataque dos mosquitos. (Weber Andrade)