Uma reportagem do jornal A Tribuna publicada neste fim de semana afirma que os municípios de Água Doce do Norte, Barra de São Francisco e São Domingos do Norte, na região noroeste capixaba, além de outros cinco no estado, deixaram de investir os 25% obrigatórios na Educação ou na Saúde em 2018.
A reportagem, reproduzida por um site local, não ouviu nenhum governante municipal e sequer tomou conhecimento do fato de que as prestações de conta na qual a reportagem foi baseada, pelo menos no caso de Barra de São Francisco, ainda estão incompletos.
Em Barra de São Francisco, a prestação de contas na área de Saúde, no site cidades.tce.gov.br, está em 12,95%, mas se refere ao percentual aplicado até agosto do ano passado, o que a reportagem não comentou. Aliás, esse fato poderia até causar problemas ao Executivo, mas tem sido praxe na maioria dos municípios. “Nós temos tido alguma dificuldade para prestar contas na data devida, por falta de pessoa. Nossa Contabilidade está desfalcada, o que acaba atrasando a entrega das prestações”, admite o prefeito Alencar Marim.
No entanto, o Executivo franciquense assegura que vem aplicando até mais do que o estipulado, tanto na Educação, quanto na Saúde.
O que acontece, segundo Alencar Marim, é que a administração anterior não aplicou os recursos necessários no setor de Saúde e a atual administração teve que “cobrir” esse déficit, mascarando a prestação de contas em 2017, por exemplo. “Na verdade, nós aplicamos mais de 17% no setor em 2017 e também nesse ano, mas isso só aparece após a prestação final de contas”, disse o secretário Ronan César Godoy da Costa ao site vozdabarra.com.br no ano passado.
Na Educação, a situação é similar à da Saúde. A prestação de contas da Pasta no site cidade.tce.es.gov.br é só até agosto do ano passado. Até aquele mês o setor aplicou 20,94%, faltando, portanto, pouco mais de 4% para atingir o índice mínimo. (Weber Andrade com informações do site cidades.tce.es.gov.br)