Weber Andrade
O candidato a prefeito de Barra de São Francisco e presidente da Câmara de Vereadores, Juvenal Calixto Filho (PP), acaba de se tornar réu no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) por improbidade administrativa, após o Ministério Público Estadual (MPES) acatar denúncia feita pelo jornalista Weber Andrade, editor dos sites ocontestado.com, vozdabarra.com.br e sitebarra.es, de uso de veículos oficiais da Casa para fins particulares e nepotismo (emprego de parente em cargo de confiança no Legislativo)
Este, inclusive, pode ter sido o motivo dos ataques do site da família Madureira e de Juvenal Calixto ao jornalista, nesta segunda-feira, 5 e hoje, 6.
Desespero do site ligado a Juvenal Calixto filho leva Carlos Madureira ao delírio
A denúncia anônima feita no dia 10 de julho de 2019 ao sitebarra.es, que faz parte do grupo de sites da empresa PS Fernandes – Eireli, afirma que o presidente da Câmara de Vereadores, Juvenal Calixto Filho continuava a usar o carro oficial do Legislativo para fins particulares. No dia 25 de junho daquele ano, após o veículo ser abalroado no centro de Vitória, ficou constatado que no carro estavam, além do presidente, que era o condutor, uma irmã dele, um filho e um sobrinho.
Na oportunidade o vereador publicou nota em sua página no Facebook, agradecendo as “mensagens solidárias sobre o fato ocorrido”. O vereador não explicou, na nota, porque conduzia o carro, sendo que a Casa tem dois motoristas contratados e nem o motivo de o veículo estar com mais três familiares seus – um filho, sua irmã e um sobrinho.
Na segunda-feira, 8 de julho, novamente o veículo da Câmara foi flagrado conduzindo um familiar do presidente da Casa, o filho dele, Gabriel Calixto, que trabalha em Vitória, em direção à capital. Conforme nossa reportagem apurou, o veículo estaria indo para a capital para fazer “revisão” e o filho do presidente da Casa teria apenas aproveitado a carona.
No entanto, a denúncia feita à nossa reportagem afirmava que a prática era constante. “Todas as segundas-feiras pela manhã sai um carro oficial em direção a Vitória, levando o Gabriel para trabalhar”, afirma o denunciante que pediu anonimato.
Por via das dúvidas, nossa reportagem apresentou um requerimento à Câmara Municipal pedindo um relatório sobre as viagens feitas nas segundas-feiras para a capital, quem as requereu e quem viajou no carro oficial.
Vale lembrar que, além do valor do combustível, cada viagem custa mais R$ 300,00 de diária do motorista.
Na época, entramos em contato com o assessor de Comunicação do Legislativo, José Carlos Madureira, que também é cunhado do presidente da Casa e ele disse que comunicou ao chefe de Gabinete de Juvenal Calixto, Higor, sobre o fato.
Também enviamos mensagem via Whatsapp ao presidente da Casa, questionando a veracidade da denúncia. A princípio ele foi irônico e postou: “nossa que medo.” Mas apagou esta mensagem e, em seguida disse: “Só provar, uai.”