Mais de 40 países já começaram a aplicar vacinas contra a Covid-19. O Reino Unido foi o primeiro a usar a vacina da Pfizer/BioNTech, seguido de Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita de Israel, além dos 27 países da União Europeia.
Os EUA também começaram a aplicar a vacina da Moderna. Outros países deram início a campanhas com a Sputnik V e as vacinas da Sinovac e da Sinopharm. Em todo o mundo, mais de 15 milhões de doses já foram aplicadas.
Entre os países com maior percentual da população vacinada, estão Israel, com 15%, e Emirados Árabes Unidos, com quase 8%.
No Brasil, o Instituto Butantan pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso emergencial da CoronaVac, a vacina produzida em parceria com o laboratório Sinovac. Mesmo sem ter recebido o aval, o governo de São Paulo prometeu começar a imunização a partir de 25 de janeiro. A taxa de eficácia da vacina foi divulgada nesta quinta: 78%, sendo 100% para casos moderados e graves.
O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta contrato para compra de 100 milhões de doses de vacina do Instituto Butantan. Toda a produção do instituto será incorporada ao Plano Nacional de Imunização, para distribuição em todo o país.
Apesar da pressão de prefeitos e governadores, o Ministério da Saúde ainda não apresentou cronograma para vacinação no Brasil.
“Cobramos uma data e não nos foi fornecida. Quando chegam os insumos? Quando começa a vacinação? O secretário disse que iria levar nossa demanda ao ministro Pazuello”, disse governador do Piauí, Wellington Dias, após reunião com o secretário de vigilância do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, nesta terça-feira (5).
Em janeiro, devem chegar ao Brasil 2 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford produzidas na Índia. Esse imunizante foi testado em voluntários brasileiros e deve ser produzido pela Fiocruz. A importação, por R$ 59,4 milhões, foi autorizada pela Anvisa, mas ainda não há liberação para uso pela população. Quando começar a imunização, os primeiros a tomar as doses devem ser os
Na semana passada, fracassou uma licitação do Ministério da Saúde para compra de seringas e agulhas para vacinação. O pregão previa a aquisição de 331 milhões de seringas, mas as empresas que participaram garantiram entrega de apenas 7,9 milhões. Elas reclamaram que o edital encomendava seringas e agulhas como um só produto e que os preços estavam abaixo dos praticados.
Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro acusou fabricantes de terem aumentado os preços, motivo pelo qual o governo federal suspendeu a compra do material. O epidemiologista Paulo Lotufo, em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta, reforçou que, se a compra tivesse sido feita com antecedência, o governo pagaria mais barato.
Nova variante do vírus
Em meio ao aumento de casos e mortes, nesta semana o Instituto Adolfo Lutz, referência em São Paulo, confirmou dois casos de uma nova variante do coronavírus no Brasil. Ela surgiu no Reino Unido, onde já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a OMS.
Por enquanto, não há comprovação de que o vírus esteja mais forte ou cause uma versão mais grave da Covid-19. Mas um estudo médico divulgado no final de dezembro aponta que a nova versão é entre 50% a 74% mais contagiosa.
Segundo a OMS, ainda não há informação suficiente para determinar se a nova variante afetará a eficácia das vacinas – a entidade afirma que as pesquisas estão em andamento. (G1 Bem Estar)