Nesta quarta-feira, 24 é comemorado o Dia Mundial de Combate à Meningite, uma doença causada pela inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal e que pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus e fungos. Em 2017 a doença matou 22 pessoas no Espírito Santo. Em 2018 foram 16 e este ano, até março, são três óbitos confirmados, ou seja, média de uma morte por mês.
Em Barra de São Francisco, não há registro de mortes pela doença nos dois últimos anos, o setor de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informou aos sites vozdabarra.com.br e ocontestado.com, que a vacina contra meningite está disponível no município para crianças em três doses antes de completar um ano e, depois, aos 11 anos. Ainda não há vacina disponível para toda a população.
“A meningite é uma doença grave. Uma síndrome que tem muitos agentes envolvidos. Entre os agentes infecciosos, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico”, disse a médica Silvana Guasti, referência técnica em Meningite do Programa de Imunizações e Imunopreveníveis, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Silvana explica também que a meningite é uma doença que pode atingir a todas as idades, mas que os extremos precisam ter mais atenção. “Todas as faixas etárias devem estar atentas quanto à doença, em especial as crianças e os idosos”.
Números – No Espírito Santo, nos últimos dois anos, os números da doença caíram quase 51%. Em 2017 foram registrados 292 casos, com média de 24,3 casos por mês. Já em 2018, foram 148 casos, com média de 12,3 casos/mês. Em 2019, até o mês de março, já foram confirmados 19 casos.
Em relação aos óbitos, também houve queda nos números. Em 2017 foram confirmados 22 óbitos e no ano seguinte, em 2018, uma redução aproximada 27,3%, com 16 óbitos confirmados. Em 2019 há três óbitos já confirmados até março.
Sinais/Sintomas e Tratamentos
Em geral, a transmissão da doença é de pessoa para pessoa pelo contato direto com secreções da boca, nariz ou faringe, mais frequentemente por meio de espirro, tosse, fala e beijo. É preciso ter cuidado porque alguns indícios podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças aparentemente inofensivas, como gripes, otites, bronquites e infecções de garganta.
Quanto aos sintomas, em crianças, os pais precisam ficar atentos ao choro intenso, irritabilidade, recusa alimentar, febre alta, vômitos e convulsões. Em adultos, os sintomas mais comuns são febre alta, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náuseas e vômitos, intolerância à luz, confusão mental e convulsões.
Aqueles que apresentarem os sintomas relativos à doença devem procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima de sua casa. Após a avaliação médica, se houver suspeita, será feito exame para confirmar a doença e o tratamento.
Vacinas – Crianças menores de cinco anos são mais vulneráveis às meningites bacterianas, principalmente menores de um ano, já que o desenvolvimento imunológico ainda não está completo e os anticorpos não são suficientes para impedir o desenvolvimento da doença.
Há quatro vacinas contra meningites bacterianas no Calendário Nacional de Vacinação, para menores de um ano de idade, que são: BCG, que protege contra meningite tuberculosa; a Vacina Pentavalente, que protege contra meningite por Haemophilus Influenzae tipo B; a Vacina Pneumocócica 10 Valente, que protege contra meningite pneumocócica; e a Vacina Meningocócica C, que protege contra meningite meningocócica tipo C.
Segundo Edna Vaccari, da coordenação de Saúde da Criança (Sesa), os pais precisam entender a importância de levar seus filhos para vacinar. “Pois somente com a conclusão do esquema vacinal é que as crianças estarão protegidas”. (Weber Andrade com Secom/ES)