O vice-presidente da Associação de Mototaxistas de Barra de São Francisco, José Raposo, disse ao site Voz da Barra que os mototaxistas vão lutar para continuar trabalhando na rua lateral sul da praça Senador Atílio Vivácqua, em frete ao Batalhas Bar. “Nós trabalhamos aqui há quase 20 anos e, agora, decidiram nos jogar para as proximidades do pavilhão (UBS do centro), sem nos consultar”, reclama Raposo.
Segundo o mototaxista, a mudança de local trouxe sérios prejuízos para a categoria e por isso a maioria deles decidiu deixar as motos no local determinado, mas continuar na praça em busca de clientes. “Não entendo porque o prefeito está perseguindo os mototaxistas. Dizem que é por causa do tráfico de drogas, mas eu posso garantir que não há traficantes entre nós. Agora, quanto ao destino das corridas, os táxis também vão onde nós vamos”, compara.
O gerente do Departamento Municipal de Trânsito (DMT), Adilson Melos, informou que a decisão de retirar os mototaxistas do local tem cmo objetivo não só dar mais segurança às pessoas mas também liberar a rua para o trânsito. “A nossa ideia inicial era instalar uma base móvel da PM no local e fechar a rua, mas depois de alguns debates e estudos, ficou acertado que a rua não poderá mais ter estacionamento e volta a ser mão e contramão”, explicou Melos.
Melos disse ainda que a Secretaria Municipal da Fazenda está providenciando a regularização da situação dos mototaxistas, que terão que adesivar suas motos, além de cumprir regras, tais como o uso do colete e equipamentos de segurança.
Já o tenente Chagas, disse que a decisão de retirar os mototaxistas não é por “maldade” mas pela necessidade de melhorar a segurança no local. “Particularmente, acho que a rua deveria ser fechada para trânsito, mas fui voto vencido. Então, com a decisão de retornar a mão e contramão no local, não tínhamos outra alternativa a não ser acabar com o estacionamento e deslocar os mototaxistas para as proximidades”, informa.
Chagas disse ainda que a ideia de implantar uma base da PM na praça continua. Essa base, no entanto, será fixa e deverá ocupar o quiosque onde fica atualmente uma sorveteria, que estaria na mira da PM por causa do jogo de bicho.
“A implantação dessa base na praça tem dois objetivos: O primeiro é dar maior segurança ao setor bancário e comércio do centro e o segundo, é coibir o tráfico de drogas, prostituição e baderna que sempre acontecem na ala sul da praça”, explica o tenente Chagas. (Weber Andrade)