Um novo projeto de coleta seletiva estará sendo discutido na próxima quinta-feira, 6, a partir das 13h30, no galpão da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis (Ascarmab), nas proximidades da garagem da Viação Pretti. Depois de uma tentativa infrutífera de secretarias municipais, em conjunto com os membros da Ascarmab, iniciada no final do ano passado, um novo modelo está sendo proposto, com a participação da Cáritas, Paróquia de São Francisco de Assis, Prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Ascarmab e uma rádio local -outros veículos de comunicação, como os sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br que estão acompanhando e divulgando a iniciativa anterior, não foram convidados para a primeira reunião.
De acordo com um dos líderes da Ascarmab, o primeiro projeto não foi adiante por diversos fatores, principalmente a dificuldade de realização da coleta seletiva, que não teria contado com a adesão da comunidade. O líder lamentou também que a Câmara não tenha aprovado uma contribuição financeira do Executivo para os catadores, dificultando ainda mais a situação deles.
Mesmo assim, a Prefeitura vem mantendo o aluguel de um galpão onde eles fazer a seleção e prensagem do material recolhido na cidade e no lixão do bairro Nova Barra (Vaquejada), evitando que eles tenham que ficar expostos ao ambiente insalubre durante todo o dia.
O novo projeto de coleta seletiva terá início pelo bairro irmãos Fernandes, com apoio de associação de moradores locais.
Na semana passada houve uma primeira reunião, no auditório da CDL, onde os atores envolvidos no projeto discutiram formas de articular e organizar a ação ecológica de coleta seletiva com o objetivo de dar uma destinação mais cabível ao material reciclável contribuindo para a melhoria de renda dos catadores.
Lixo – O francisquense gera, em média, 1,485 quilo de lixo diariamente, dividido em Resíduos Domiciliares (RDO) e Resíduos de Limpeza Urbana (RLU). Mas, apesar da coleta regular e dos serviços de varrição na área urbana do município, a sensação é de que quase sempre a cidade está tomada pelo lixo, principalmente em bairros da periferia.
Tal sensação se deve ao hábito dos cidadãos, de atirarem o seu lixo nas ruas, em vez de procurarem a lixeira mais próxima ou levarem o lixo consigo para depositá-lo em recipientes adequados.
O lixo doméstico responde por quase 80% do total de resíduos produzidos pelo francisquense. Cada morador gera 1,07 quilo de lixo por dia em casa, mas 380 gramas, em média, de lixo são atirados por cada pessoa nas diariamente. (Weber Andrade com informações da Cáritas)