O drama vivido pelos africanos de Moçambique, Zimbábue e Malaui por causa do ciclone Idai, tem causado indignação nas redes sociais por causa da falta de ajuda humanitária por parte do Brasil e Estados Unidos. “Cuba mandou 390 médicos, Brasil e EUA não mandaram nada, lá não tem petróleo”, comentou a internauta Vera Morato, em sua página no facebook. (Veja no final da matéria, como ajudar as vítimas do ciclone)
Hoje, dados avançados pelo governo de Moçambique, apontam que o número de mortos após a passagem do ciclone Idai subiu para 446, segundo o ministro de meio ambiente do país, Celso Correia. O ministro também afirmou que 531 mil pessoas foram afetadas, sendo 110 mil delas no campo.
A tempestade também matou 259 pessoas no Zimbábue e 56 pessoas morreram no Malaui em fortes chuvas que ocorreram antes do ciclone. Com isso, o total de mortos devido ao fenômeno da natureza subiu para 761.
O ciclone Idai passou pela cidade portuária da Beira, com ventos de até 170 km por hora na semana passada, e depois foi em direção ao interior do continente, pelo Zimbábue e Malaui, deixando populações inundadas e devastando casas.
O número de mortos após a passagem do ciclone Idai na África já passa de 700. Moçambique notificou mais mortes neste sábado (23). As inundações mataram pelo menos 732 pessoas e deixaram milhares de pessoas desesperadas por ajuda, muitas em telhados e árvores.
O ciclone Idai atacou a cidade portuária da Beira com ventos de até 170 km/h na semana passada, depois passou pelo o interior do continente, no Zimbábue e Malaui, deixando populações inundadas e devastando casas.
O número de mortos em Moçambique subiu de 242 para 417, disse o ministro de Terras e Meio Ambiente, Celso Correia.
“A situação está melhorando, ainda é crítica, mas está melhorando”, disse ele a repórteres no aeroporto de Beira, que se tornou um centro de operações de ajuda.
A tempestade também matou 259 pessoas no Zimbábue, enquanto no Malaui 56 pessoas morreram em fortes chuvas antes do ciclone.
Nos três países, os sobreviventes estão cavando escombros para procurar vítimas e buscando por abrigo, comida e água, enquanto governos e agências de ajuda correm para ajudar. (Weber Andrade com G1 e agências internacionais)
COMO AJUDAR AS VÍTIMAS
ONU – Um comitê internacional de ajuda humanitária a crises das Nações Unidas aceita doações para fornecer alimentação medicamentos e abrigo para os três países atingidos pelo ciclone;
Unicef – Outro organismo da ONU iniciou campanha de emergência para coletar novas doações. Segundo estimativa da organização, há mais de 600 mil crianças desabrigadas;
Médicos sem Fronteiras – O fundo de emergência da organização humanitária reúne doações em dinheiro para arcar com equipamentos como filtro de transfusão, soro e purificadores de água;
Caritas – A organização católica internacional também aceita doações em dinheiro pela internet para custear alimentos, medicamentos, abrigo e outros itens de ajuda humanitária;
Centro de Excelência contra a Fome nos EUA – A entidade se dedica a entregar alimentos em regiões atingidas por desastres;
Save the Children – Organização destinada a ajudar crianças pelo mundo coleta ajuda para o desastre causado pelo ciclone Idai e outras tragédias humanitárias;
SOS Children’s Villages – Entidade que ajuda crianças e comunidades atingidas por tragédias humanitárias faz campanha por doações para oferecer cuidados a vítimas do ciclone Idai;
Oxfam – Entidade internacional de combate à pobreza que reúne 19 organizações e milhares de parceiros. A Oxfam está na região afetada e procura assegurar aos sobreviventes acesso à água tratada e comida. O objetivo é ajudar 500 mil pessoas;
Comitê Judaico-Americano de Distribuição Conjunta – A organização filantrópica judaica dos EUA aceita doações em reais brasileiros para reforçar a ajuda com itens médicos aos países atingidos pelo ciclone;
Catholic Relief Services (CRS) – Fundo católico norte-americano que recebe ajuda de diversos países para catástrofes humanitárias está em campanha para recolher doações após passagem do ciclone Idai;
ASEM Mozambique – Organização filantrópica sediada em Moçambique sofreu com os danos do ciclone na região de Beira e pede ajuda;
Humanity & Inclusion – Há integrantes desse grupo em Moçambique, e eles pedem doações para fornecerem alimentos, água e abrigo aos atingidos pelo ciclone;
ActionAid – Neste momento, as necessidades mais imediatas incluem água potável, alimentos, combustível, kits de higiene, mosquiteiros, barracas e outros suprimentos. O fundo de emergência recebe doações em dinheiro, no valor mínimo de R$ 35. A meta é arrecadar R$ 50 mil.