A oferta de pacotes de acesso ilimitado a files, canais de TV e séries de televisão via streaming, que vinha sendo anunciada ostensivamente na internet, em redes sociais como o facebook e até em grupos de notícias do whatsapp, inclusive, no Espírito Santo, foi declarada ilegal e gerou mandados de busca e apreensão em 12 estados, na manhã desta sexta-feira, 1º de novembro.
A Polícia Civil deflagrou uma operação contra a pirataria digital nestes 12 estados. A operação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo é bloquear ou suspender 210 sites que transmitem filmes, séries e televisão de forma ilegal, além de 100 aplicativos de streaming ilegal de conteúdo.
A ação também quer impedir que esses conteúdos ilegais apareçam nos mecanismos de busca, como o Google, e quer remover perfis e páginas de redes sociais.
A polícia cumpre 30 mandados de busca e apreensão nos estados do Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraíba, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo.
A operação recebeu o nome de 404, que é a mensagem que a aparece no computador quando um site está fora do ar. Ela conta com o apoio da Ancine, do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), das associações proteção à propriedade intelectual no Brasil, Embaixada dos Estados Unidos no Brasil (Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília – US Immigration and Customs Enforcement-ICE) e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América.
Números da pirataria – A estimativa é que existam cerca de 4,2 milhões de sinais piratas de TV no Brasil, e o prejuízo passa de R$ 9 bilhões ao ano.
Os dez websites piratas com o maior volume de tráfego no Brasil receberam, no ano de 2018, 1,3 bilhão de visitas. Esses websites piratas receberam R$ 17 milhões em receitas publicitárias entre agosto de 2015 e agosto de 2016. (Weber Andrade com G1)