O deputado estadual Enivaldo dos Anjos reacendeu a polêmica sobre o trânsito de Barra de São Francisco, no último final de semana, quando recebeu a imprensa para um bate-papo. Enivaldo salientou que a falta de estacionamento, problema que está se tornando crônico na cidade nada mais é do que o resultado do crescimento econômico do município e que a solução não é simples, porque não houve planejamento nos últimos 20 anos.
A polêmica chegou às redes socias, onde houve, inclusive, bate boca entre um vereador – Huander Bofe e um funcionário do Detran/ES e líder comunitário – Cesinha Vila Luciene – com direito a muitas opiniões populares.
A reportagem dos sites ocontestado.com e vozdabarra.com.br pesquisou o número de veículos emplacados no município e constatou que existem hoje mais motocicletas do que automóveis. No total são 23.075 veículos na base do Departamento nacional de Trânsito (Denatran), dos quais 8.679 são automóveis e 10.464 são motocicletas de cilindradas diversas. (Veja tabela no final da matéria).
Enivaldo dos Anjos lembra que, quando ainda era oficial de cartório, em Barra de São Francisco, costumava ficar contando os carros da cidade, junto com alguns amigos, isso há cerca de 40 anos. “Naquela época, a gente sabia quantos carros tinham na cidade, de quem eram e até as placas”, relata.
“Hoje a cidade cresceu muito, o trânsito ficou lento e as vagas de estacionamento insuficientes, mas isso não é um privilégio de Barra de São Francisco. Em Vitória, nos últimos quatro anos, a situação do trânsito ficou ainda mais caótica e, agora, por volta de 14h, já há congestionamento nas principais vias da capital”, compara o deputado.
Para Enivaldo, a municipalização do trânsito é uma necessidade, mas ele reconhece que a prefeitura tem ainda uma dificuldades financeira muito grande, que dificulta a tomada do trânsito para si. “Quando fui candidato da última vez disse que iria municipalizar o trânsito. Entendo que isso pode trazer renda para o município manter o serviço, pois, a partir da municipalização as multas por infrações de trânsito serão pagas ao município e não ao estado”, analisa. (Weber Andrade)
Falta de vagas de estacionamento
tem parcela de culpa de empresários
Para Enivaldo dos Anjos, a falta de vagas de estacionamento no centro da cidade, para além do fato de não haver mais o “rotativo”, é causada, em grande parte, pelos empresários e funcionários dos setores de comércio e serviços. “Recentemente fui a um restaurante na orla de Vitória e cheguei um pouco mais cedo, devido a uma agenda cancelada. Havia algumas vagas perto do restaurante, que é muito concorrido, aí percebi que foram chegando veículos e, a maioria era de funcionários do próprio restaurante”, relata. No entanto, ele observa que, na Capital existem muitos estacionamentos pagos. “Tem gente que prefere manter o estacionamento do que construir apartamentos, porque dá mais dinheiro”.
Em Barra de São Francisco, ele observa que isso acontece não só com os funcionários mas também com os empresários. A CDL tem propostas para resolver o problema da falta de estacionamento na cidade, mas os empresários costumam sair de suas casas para seus estabelecimentos, que ficam, às vezes, a menos de cem, duzentos metros de distância, dirigindo e estacionam em frente ao seu estabelecimento ou o mais perto possível, tirando vagas de quem deseja comprar”, comenta ele. (Weber Andrade)
Pátio da Matriz e Terreno ao lado da UBS
do centro viraram opção de estacionamento
O problema da falta de estacionamento no centro de Barra de São Francisco vem sendo mitigado pelas vagas no pátio da Matriz de São Francisco de Assis e também pelo lote vago ao lado do Unidade Básica de Saúde – UBS Central (antigo Pavilhão Municipal). Os dois locais geram cerca de 60 vagas, mas não são administrados.
A reportagem dos sites vozdabarra.com.br e ocontestado.com esteve nos dois locais várias vezes, por volta das 10h da manhã e praticamente todas as vagas estavam ocupadas. Na praça da Matriz, o ex-radialista Nilo de Paula Abreu estava saindo com seu veículo quando a reportagem chegou. Segundo ele, a falta de estacionamento está sendo suprida em parte pelo local, mas muita gente já descobriu a área. “Não faz matéria não, senão daqui a pouco o padre resolve cobrar estacionamento”, brinca ele.
Outro que estaciona quase sempre no pátio da Matriz é Márcio, funcionário da Casa do Músico. Ele também conta que é muito difícil encontrar vaga de estacionamento na avenida Prefeito Manoel Vilá, por isso, só estaciona ao lado da loja, que fica quase em frente à matriz, para descarregar. (Weber Andrade)
Absurdo mesmo são estes comerciantes reservarem vagas para os carros de suas empresas colocando cones ou correntes como se fossem donos da via de estacionamento, que é pública. Um aviso para eles, no dia em que eu for estacionar em frente ao seu comércio, não quero nem saber, vou parar meu carro e tirar tudo de lá, corrente cone… quero vê quem vai me tirar, porque o mesmo dever de pagar imposto que eu tenho eles têm, o mesmo direito de usar a coisa pública que eles têm eu também, e quem quiser descarregar ou carregar suas mercadorias que se arrumem, assim como nós motoristas que prestamos um favor ao comércio comprando suas mercadorias. O comerciante que quiser que arrume um outro local para embarque e desembarque de sua prestação de serviços. Ah… e outra, acho um absurdo usar placas que priorizem o horário de embarque e desembarque de mercadorias para depósito. Arruma-se uma treta tão estranha que tá difícil de engolir, como é o caso de alguns comerciantes, com empresa que tem umas três ou mais portas e são moradores antigos da cidade, se achando nesse direito de pedir os órgãos públicos ou mesmo colocar essas tais placas com reserva de horário, se fossem uma instituição ou órgão público, que presta serviços para a população em geral, tais como: saúde, educação, segurança pública e outros, ai sim, daria para suportarmos tal situação, porque visa o bem comum, da população de Barra de São Francisco e região.
Deixo registrado que sou a favor de locais próprios para carga e descarga, como ocorre em frente à Igreja Matriz de Barra de São Francisco e outros locais existem, o que não dá pra descer garganta abaixo, é o privilégio de alguns comerciantes se “auto governar ou criar suas próprias leis” achando que podem pegar quase que um lado de rua, para seus depósitos, e ainda reservarem suas vagas em frente seus pontos comerciais, sendo que nem os bancos, ou outra instituição pública tem essa prioridade de reservas.